segunda-feira, 27 de setembro de 2010

I Ciclo de Palestras: Sexualidade, Educação e Saúde Sexual




Depois de alguns dias de ausência no nosso cantinho, sentida e declarada pelo nosso querido leitor e seguidor Gilmar, que se deu por dois motivos nobres, primeiro porque nesta semana recebemos uma comissão do MEC na Faculdade Dom Bosco para o reconhecimento do Curso de Administração e segundo porque estávamos envolvidos na organização e coordenação do I Ciclo de Palestras sobre Sexualidade, Educação e Saúde Sexual da Faculdade Dom Bosco que, inclusive é o tema do nosso post de hoje, vamos a ele...

Nossa paixão pela sexualidade nos motiva a lutar pela implementação de uma Educação Sexual Emancipatória pautada numa exigência ética, estética e política almejando a formação de uma vivência autônoma e crítica da sexualidade. Por isso, lutamos por uma formação docente para a educação sexual nas escolas, para que possamos elevar a qualidade das intervenções sobre a temática da sexualidade. O que visualizamos hoje são crianças, jovens e adultos com informações pautadas na visão senso-comum, condicionados pela mídia, pela sociedade capitalista que os induzem a uma sexualidade: reducionista, instintiva, mercantilista, consumista e quantitativa.

As pessoas hoje têm acesso fácil às informações sobre sexo, mas visões limitadas e distorcidas sobre a sexualidade, como já dissemos em outro momento, há uma grande diferença entre informar e formar, informar, educar e conscientizar. Acreditamos que o caminho para mudarmos este cenário de crise social sexual só pode se dar por pelo viés de um processo de emancipação. Ou seja, a superação das visões e comportamentos a que fomos condicionados e somos ainda condicionados pela cultura, pela sociedade, através da superação de: preconceitos, tabus e valores arraigados culturalmente (seja em relação ao gênero ou em relação ao reducionismo corporal da sexualidade) disseminados pela sociedade vigente.

Acreditamos ainda, que para isso, faz-se necessários criar espaços de diálogos e debates sobre a temática da sexualidade na academia e na sociedade para que esse processo se efetive. E especialmente por esse motivo nasce a idéia da realização deste I Ciclo de Palestras sobre Sexualidade, Educação e Saúde Sexual da Faculdade Dom Bosco, com o apoio da Abrades e do PAM-Programa de Ação e Metas – Projeto de combate à DST e AIDS da Prefeitura.

Quero agradecer a direção da Faculdade Dom Bosco que nos incentivou e apoiou na realização deste evento, e a participação de todos os inscritos que atingiram o número que foi limitado nas inscrições devido ao espaço físico disponível.

Tivemos uma excelente tarde de aprendizado e trabalhos, onde fomos agraciados com as palestras dos meus colegas da Faculdade Dom Bosco Prof. Dr. João Ricardo Anastácio da Silva, Profa. Esp. Marlene Vitória Bíscaro, com a participação generosa da Enfermeira Cristiane Bressam, que nos brindaram com suas falas neste I Ciclo, a eles meu agradecimento especial, por atenderem prontamente ao nosso convite de maneira voluntária, pela nobreza da ação em pleno sábado, e ainda ressaltar a presença carinhosa do Professores Mestres Élson e Fernanda, da secretária da instituição Michélle e de uma das sócias-diretoras da Faculdade Dom Bosco Regina, que estavam humildemente entre os participantes do curso. Nosso muito obrigado de coração a todos que lá estiveram pela brilhante participação e pelo sucesso do evento que certamente só foi possível com a presença de todos. Faz-se ainda necessário ressaltar e agradecer a todos os participantes entre alunos e comunidade externa que se fizeram presentes em todas as palestras e na oficina que era para terminar às 17h, mas se estendeu até às 18h com a anuência de todo o grupo presente que participou com alegria e satisfação de todas as atividades.

Em tempos de uma sexualidade deserotizada, genitalista, quantitativa, mecânica e instintiva, precisamos superar o exibicionismo dos corpos belos pela afetividade dos belos corpos (ideias), buscando uma sexualidade pautada no respeito por si e pelo outro, pela afetividade, por relações qualitativas e éticas, não moralistas nem repressivas, mas plenas de significações subjetivas, para além de físico-corporais, ou seja, uma sexualidade não apenas constituída de impulsos e instintos do corpo, mas de desejos e afetos da alma. E para isso, educadores, pais, enfim a sociedade precisa compreender a própria sexualidade, superar suas limitações e engendrar suas possibilidades, pois consideramos que “ninguém será plenamente feliz, se não for “eroticamente” realizado”.

Essas possibilidades éticas e idealizações pedagógicas somente serão realizadas, se assumirmos o pressuposto de uma sociedade que supere a dominação, a exploração do homem pelo homem, o afã do lucro e da produção, para dar lugar à isonomia, ao amor e solidariedade, à justiça e ao reconhecimento de nossa natureza dialógica. Essas disposições somente serão possíveis num horizonte para além do capital e seus derivados culturais, seus estigmas e divisões, numa sociedade socialista, emancipatória e eroticamente nova.

Espera-se que a Educação Sexual Emancipatória, na família e nas escolas, possa ser delineada, procurando contribuir para outra perspectiva de Educação capaz de atentar efetivamente para a compreensão da vida em sua totalidade. Tomamos a liberdade de pedir a permissão da ciência e a generosa anuência dos leitores para, nos parágrafos finais deste estudo, deixar o corpo inteiro da pesquisadora falar, pois sexualidade envolve o nosso corpo todo e não seria coerente descurar dessa totalidade. Permitam-me também divagar, poetizar sobre as faces e interfaces da sexualidade, sobre a beleza suprema do amor. Desnudem suas almas nesse momento e sintam cada expressão que a sexualidade pode ter em nossas vidas.

Convidamos todos a participarem desta luta por educação sexual emancipatória nos ajudando assim a produzir práticas diferenciadas na construção da vivência de uma sexualidade livre de pudores, repressões, dogmas, preconceitos e tabus, mas acima de tudo responsável afetiva e corporalmente, buscando uma vivência prazerosa e plena da sexualidade.

E já atendendo ao pedido dos presentes declaramos que em breve estaremos planejando o II ciclo de palestras sobre Sexualidade, Educação e Saúde Sexual aprofundando alguns dos temas do I ciclo e abordando outras temáticas da sexualidade.

Abaixo alguns flashes do evento que contou com os seguintes palestrantes e temas:

Direito Sexual e Prazeres Sexuais Criminosos – Prof. Dr. João Ricardo Anastácio da Silva
          Educação Afetivo-Sexual – Profa. Dra Cláudia Bonfim
Prevenção e Métodos – Enfermeira Cristiane Bressan
                    Corpo e Consciência Corporal – Prof. Esp. Marlene Vitória Bíscaro
          Oficina de Criatividade Erótica – Profa. Dra Cláudia Bonfim










quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Nota e Agradecimentos

Nossos agradecimentos pela quase fiel reprodução do nosso artigo 'Omissão e Permissividade = Puberdade e Erotização Precoce', no site: http://www.acessepiaui.com.br/sexualidade/erotiza-o-precoce/8573.html

Ficamos felizes em saber, que estejamos inspirando e conseguindo socializar nossos aprendizados!

Abraço a todos!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Omissão e permissividade = Puberdade e erotização precoce


Continuando nossa reflexão sobre erotização e puberdade precoce, hoje vamos abordar alguns fatores que induzem a criança à erotização precoce, e à vivência precoce da sexualidade ativa, fruto de uma entrevista que concedemos à jornalista Nathália para o site da Revista Veja no início do mês de setembro.

Acreditamos que muitas vezes, os próprios pais, inconscientemente, condicionados pela mídia, pelo mercado da moda e pela indústria do sexo acabam por contribuir permissivamente, direta ou indiretamente para uma erotização precoce da criança.

Um exemplo visível disto, é forma como as crianças, especialmente as meninas se vestem desde crianças e na adolescência.

O uso de roupas que sensualizam precocemente o corpo da menina, expõe as crianças e adolescentes precocomente à vivência de uma vida sexual ativa, ao abuso moral e à violência sexual. O que traz implicações sociais e especialmente psicológicas graves à menina, que embora esteja vivenciando precocemente a puberdade ainda tem uma mentalidade infantil.

Existem questões sociais e familiares que devem ser ressaltadas para que possamos refletir criticamente sobre como, muitas vezes, somos omissos ou permissivos. Precisamos sair do papel de vítima da sociedade, e atentar para o fato de que ainda que o Estado e a mídia tenham sua parcela de responsabilidade, a mídia como já apontamos em um outro artigo, é apenas reflexo das expectativas da sociedade, é ressonância social.
A família precisa tomar para si a responsabilidade que lhe cabe, seu papel educativo, os pais são os responsáveis diretos pelos filhos e devem orientá-los, esclarecê-los, desenvolver nos filhos valores éticos para que sejam capazes de discernir conscientemente sobre suas escolhas e conseqüências e não se deixam seduzir pelos apelos midiáticos só para se sentir “moderninhos”, para que não cedam às pressões sociais, só para se tornar mais um membro da tribo “maria-vai-com-as-outras”, sem personalidade própria.
As meninas estão se maquiando cada vez mais cedo, este é outro fato que tem se tornado comum, entre as meninas e que devemos analisar criticamente de cinco, sete e até dois anos. Sabemos da necessidade que as meninas tem de referência materna, isto em todos os sentidos por isso cuidado mães, as filhas são nosso espelho. A maquiagem, se torna muitas vezes, o prolongamento do ego da menina. Quando a menina usa maquiagem e mãe e a família declaram: “como ficou linda”, acabam por acentuar e permitir que na criança a idéia de que, se maquiar a torna mais bonita e mais completa.

Ainda precisamos atentar para o fato que, a maquiagem induz ao risco também de uma “erotização precoce”, uma menina maquiada torna-se mais sensual e mais exposta à sedução, imagine então, uma menina que já vive uma puberdade precoce, ao 8 anos, já com o corpo se desenvolvendo precocemente, usando uma roupa sensual (miniatura da roupa da mulher adulta) e sandálias de salto alto, pois como já apontei anteriormente, hoje nas lojas não se acha roupa e sapatos para criança, e sim roupas e sapatos de mulher adulta miniaturizados, e ainda fazendo uso de maquiagem, eis ai uma vítima inconsciente, exposta aos olhares de pedófilos e ao desejo instintivo.

Portanto, os pais devem entender que tudo que se torna socialmente aceitável para a criança está no imaginário dos pais. A criança ainda não adquiriu o discernimento necessário para saber o que de fato pode ser bom ou ruim, e isto ela só vai adquirir se for orientada adequadamente, a criança ainda está construindo sua identidade, e com a omissão ou permissividade dos pais fica exposta aos apelos publicitários e à “onda moderna” da sociedade.

Outra questão difícil de ser lidada é pressão vivido pela garota, que passa a sofrer discriminação. Por ser diferente das amigas, ela pode acabar sendo excluída do grupo. Aquelas que se desenvolvem precocemente tendem a se tornar mais retraídas.

 Faz-se necessário ainda alertamos que mesmo que a maquiagem seja vista pelas pessoas éticas como algo inofensivo, inocente, por parte da criança e assim deveria ser, devemos lembrar que, muitos pais vêem as crianças e especialmente os próprios filhos como seres assexuados. Porém, os pedófilos não enxergam apenas uma criança de batom e blush e com uma roupinha da moda. Enxergam um corpo erótico e não se importam se este corpo erótico é de uma criança, ou seja, isso não é condição “sine qua non”, a sensualização do corpo da criança vai despertar ainda mais o desejo do pedófilo, pois para aqueles que possuem uma personalidade pervertida, isso significa apenas mais um estímulo.

Cada vez mais cedo as meninas cada criam a fantasia de ser uma mulher madura, por não conseguirem entender que cada fase tem suas belezas e potencialidades. Devemos entender que ainda por mais que tenham desenvolvido precocemente um “corpo de mulher adulta”, não têm maturidade para não ceder e se defender dos assédios e abusos sexuais. E a erotização precoce oferece um estímulo à esses assédios.

E lembrando Freud, outro fator fundamental a ser lembrado é que faz-se necessário que completemos cada fase de nossa vida, portant antecipar a puberdade, a erotização e a vida sexual ativa, acarreta prejuízos psicológicos graves, pois não conseguimos atingir a maturidade psicológica necessária para vivermos a fase seguinte, por queimarmos etapas essenciais para o desenvolvimento saudável da criança, bem como não estabelecendo que cada fase da vida tem suas possibilidades e limites que devem ser respeitados e vividos plenamente. Estimular a vaidade excessiva e precoce da criança pode nos custar muito caro, pois a maior vítima dessa permissividade ou omissão são nossos próprios filhos.

E quando a professora diz que não é saudável a criança se maquiar, muitos pais permissivos criticam-na. E algumas mães que não deixam as filhas se maquiarem são denominadas de chatas pelas filhas, que induzidas pelo grupo social e pela publicidade acreditam que podem fazer o que querem e que isso é moderno e aceitável.

Não podemos esquecer que vivemos numa sociedade capitalista, mercantil que incita ao consumismo no qual as crianças, são as maiores vítimas, por ser o clientes mais fáceis de seduzir.

Outro fator de erotização precoce são as “músicas” que nada tem de sensuais, que são extremamente vulgares como o funk, o ritmo pode ser alucinante, mas a maioria deles com letras que depreciam a imagem feminina, que vulgarizam o corpo, que induzem á uma erotização precoce e à vivência de uma sexualidade ativa e contribuem para uma visão reducionista, banal, genitalista e quantitativa da sexualidade. Porém, muitas crianças crescem ouvindo e vendo os próprios pais condicionados por esses sons. E reproduzem o que ouvem e visualizam, sem o discernimento necessário, muitas vezes, sem ter idéia real do que representam.

Proibir nunca deve ser a palavra de ordem em nenhuma fase da vida, a ordem é CONSCIENTIZAÇÃO, ORIENTAÇÃO. Não é proibindo que se educa, é esclarecendo, dialogando, e lembrem-se o convencimento se dá não por palavras, mas por atitudes, exemplos práticos, atos. Não adianta pensar que a criança que não sabe distinguir aquela frase: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Temos que ser coerentes, e coerência parafraseando o educador Paulo Freire “é a menor distância possível entre aquilo que eu penso, aquilo que eu falo e aquilo que eu faço.”

Como já apontamos em outros artigos e falas, há que se ter autoridade perante os filhos e não poder. Autoridade implica em respeito e imposição em medo. Autoridade se conquista pelo diálogo e pelo exemplo. lei, proibição e coerção são quase inúteis, em todos os sentidos sociais, a conscientização crítica se dá a partir do estabelecimento de um diálogo aberto e respeitoso, por isso, mais do autoritarismo, leis e códigos, precisamos formar valores éticos.

Quem respeita a autoridade dos pais, age da mesma forma perto e longe deles. Quem tem medo dos pais age de uma forma na frente deles e longe deles age completamente diferente. Autoritarismo gera medo, autoridade gera respeito. Autoritarismo pode gerar o fim precoce da infância, a omissão e a permissividade podem ter como efeitos colaterais a puberdade e a erotização precoce, ou seja um amadurecimento precoce físico, mas não psicológico.

Crianças e adolescentes precisamos aprender a dialogar, a ouvir e serem ouvidas, tem que ter direito a explicações e a explicarem, devem ser respeitadas e compreendidas. Respeito é uma via de mão dupla, tem quer ser mútuo, recíproco. O amadurecimento se dá pelo diálogo e por uma relação pautada na confiança e no respeito. Dessa forma, seus filhos se sentirão à vontade para esclarecer qualquer dúvida e aflições e contarem o que se passa com eles.

Não é fácil atingir o equilíbrio e saber dosar entre o que pode ser lúdico e saudável e o que acentua uma erotização precoce e estimula a vaidade exacerbada. Por isso, a necessidade dos pais e educadores conhecerem como se desenvolve a sexualidade humana e especialmente as fases do desenvolvimento infantil. Mas sobre isso abordaremos num próximo post. Abraços!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

EROTIZAÇÃO E PUBERDADE PRECOCE

Há algumas décadas, a primeira menstruação (menarca), ocorria entre 13 e 15 anos. Hoje, varia entre 10 e 12 anos de idade, decorrente da puberdade precoce, que é bem comum em meninas.

Os caracteres sexuais secundários como o aumento dos seios e o aparecimento dos pelos pubianos e axilares costumam ocorrer dois anos antes da primeira menstruação. Portanto, em média, partir dos 8 anos de idade a menina já começa a ter seu corpo modificado, porém, ainda sem o discernimento necessário para a vivência da sexualidade ativa, mas já com um corpo com formas sensualmente precoce.

Ao menstruar ocorrem mudanças corporais visíveis no corpo da menina, que ganha contornos mais femininos. Além do despontar dos seios e dos pelos, a região dos quadris e das coxas, adquirem um formato arrendondado e afina a cintura. A chegada da menstruação indica que a garota já produz óvulos e pode engravidar.

Essas mudanças físicas precoces podem contribuir negativamente no sentido de tornar a menina mais vulnerável à pedofilia, a sofrer um abuso sexual e moral, à uma gravidez não planejada, que pode se tornar indesejada.

Os dados do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, cerca de 25% dos partos, são de adolescentes. E mais alarmante ainda, que 15% destes partos ocorrem com meninas na faixa etária de 10 a 14 anos.

O desenvolvimento prematuro do corpo aumenta o poder de atração sexual, e eis o maior agravante: uma criança, com um corpo erótico de mulher adulta, ainda sem o discernimento necessário, para se defender ou identificar esses abusos e assédios, e menos ainda prevenir-se de uma gestação.

Os conflitos psicossociais que geralmente ocorrem na adolescência com essa precocidade aumentam ainda mais. Precisamos alertar ainda que, as mudanças físicas prematuras, e a menstruação antecipada, a maturação dos ossos é acelerada e, consequentemente, a menina crescerá menos. O crescimento da menina, dependendo dos fatores genéticos, após a menarca, é em média, de 6 centímetros.

Biologicamente explicando, a puberdade precoce ocorre quando a hipófise começa precocemente a liberar os hormônios sexuais, que afetam os órgãos sexuais, o que pode ser decorrente de uma anomalia na hipófise ou de uma anomalia no hipotálamo, a região do cérebro que controla a hipófise. Embora seja mais comum em meninas, também afetam os meninos. Pesquisas apontam que cerca de 60 % dos meninos que apresentam puberdade precoce possuem uma anomalia identificável. Já aproximadamente 80 % das meninas de 6 a 8 anos, ou mais com este problema não se consegue identificar nenhuma anomalia. Na puberdade precoce, os testículos ou os ovários aumentam até alcançarem o tamanho de adulto.

Importante destacar que, em alguns casos, ocorre a denominada puberdade pseudoprecoce quando são liberadas acentuadas quantidades de hormônios sexuais masculinos (androgênios) ou femininos (estrogênios) mas esses hormônios não provocam a maturação das glândulas sexuais, apenas provocam mudanças corporais visíveis, ou seja, que fazem com que a criança se assemelhe fisicamente a um adulto.

Nos meninos, tanto na puberdade precoce como a pseudoprecoce, ocorre o nascimento dos pelos púbicos, axilares e da barba, aumento do pênis, e estes adquirem uma aparência mais masculinizada. Importante dizer que nesta fase os meninos também podem ter um pequeno aumentos das mamas. E tanto nos meninos, como nas meninas, pode ocorrer o aparecimento de acnes e mudança no odor corporal. A altura aumenta rapidamente, mas param de crescer com pouca idade. Em consequência, a altura final é menor do que seria normal.

Alguns estudos apontam que não há causa única para a puberdade precoce, esta decorre de diversos fatores que podem ser genéticos aliados conjuntamente à uma alimentação inadequada, ao sedentarismo, à obesidade, da estimulação precoce da sexualidade ativa especialmente através da mídia, especialmente a Internet e a TV; da influência negativa da forma como a própria família vivencia a sexualidade, da pressão social que sofrem, com cobranças excessivas por parte dos pais e da escola; das poucas e mal dormidas horas de sono...

A adolescência por si só, já é um período complexo, de muitas mudanças: físicas, emocionais e sociais, que se complica ainda mais quando esse processo é precoce.

É importante que os pais fiquem atentos aos sinais de uma puberdade precoce para que possam orientem seus filhos e também para que possam levar a menina ao médico para que a mesma faça um tratamento que busque interromper a produção dos hormônios sexuais que ocorram antes da idade considerada adequada antes da ocorrência da menarca, evitando assim, que a criança não sofra as conseqüências físicas, sociais e psicológicas da puberdade precoce.

Faz-se necessário que pais e educadores compreendam que os paradigmas da sexualidade mudaram, e em muitos aspectos se tornaram precoces e exacerbados nas últimas décadas. Como apontamos, as crianças e adolescenteshoje tem livre acesso a informações (ou desinformações) sobre sexo na maioria das vezes de maneira banal, vulgar, que induzem à um visão reducionista, distorcida, genitalista e quantitativa da sexualidade, sendo estimulados a iniciar precocemente a vivência da sexualidade ativa.

O que nos convoca pais e educadores a dialogar com nossos filhos e alunos de maneira aberta, tranqüila, crítica e emancipatória sobre o desenvolvimento da sexualidade. Se você negar a sexualidade da criança e do adolescente e não orientá-los, só estará contribuindo para que ele inicie precocemente a vida sexual ativa e corra riscos de uma gravidez não planejada, de contrair DST-s e Aids, e a viver uma sexualidade banal.

Portanto Pais: orientem seus filhos, desenvolva neles valores e auto-estima, expliquem como sobre a utilização dos métodos anticonceptivos e após o início da vida sexual ativa deles, leve a menina ao ginecologista, e o menino ao urologista. Esclareçam sobre os prazeres da vivência da sexualidade ativa, e sobre a responsabilidade e conseqüências, ressaltando que deve ser sempre praticada de maneira segura.

Uma educação sexual emancipatória deve esclarecer que a sexualidade consciente é um ato de prazer e afetividade. É para ser significativa deve ser muito mais que um simples momento de prazer e necessidade física. Mesmo o ato sexual em si, é uma maneira de se relacionar com outra pessoa, que deve ser respeitada, admirada, é um momento de carícias e carinhos, e isto é que torna ainda mais prazerosos um relacionamento. Fazer sexo apenas para “afirmar-se” homem ou mulher e exibir-se perante o grupo que convive, é tratar o outro como objeto, e não como ser humano, e não ter ética nem consigo mesmo.

E esta educação sexual deve estar presente também na escola, de maneira emancipatória, crítica, metodologicamente correta, num espaço de diálogo, orientação e debate que aborde a prevenção e o prazer. Por isso, a necessidade como já defendemo,s da urgente capacitação docente, para a formação da consciência crítica das crianças e adolescentes.

Não basta, como já dissemos, programas de educação sexual como os da vertente governamental que se pautam na distribuição de preservativos visando combater as DST´s, a Aids e dimunuir o número de gravidez na adolescência, estes são importantes, mas não suficientes. Precisamos de formação adequada, e não apenas de boa vontade para falar sobre sexualidade. Precisamos superar a falsa moral da sociedade e entender a sexualidade como um aspecto central do desenvolvimento humano e da sua qualidade de vida. È urgente a criação e o investimento em políticas públicas de educação sexual e saúde sexual.

A infância tem sido cada dia mais curta. Rompida negativamente por uma erotização precoce da criança, que inconscientemente passa a ser vítima de uma sociedade que reduz a sexualidade ao ato sexual, de maneira banal, meramente instintiva e quantitativa.

Há inúmeros fatores que induzem a criança à erotização precoce, e à vivência precoce da sexualidade ativa. Mas, sobre esses fatores continuaremos a abordar no próximo post. Até lá!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A escola e formação da consciência corporal crítica da criança e do adolescente frente à visão reducionista do corpo na sociedade capitalista mercantil


Continuando nosso post sobre a escola e a negação do corpo e da sexualidade da criança.. Consideramos necessário e urgente analisar e refletir criticamente sobre a percepção que permeia o conceito e a visão de corpo na sociedade atual abordando desde o conceito padronizado de beleza (mito de corpo perfeito), corpo como objeto (coisificado), corpo como mão-de-obra explorada (visão capitalista), o corpo como produto (visão mercantil - prostituído) e a dificuldade de reconhecimento do próprio corpo (corpo sexual controlado, reprimido), fruto de uma visão social reducionista da sexualidade, sendo um dos fatores que levam à vivência reducionista da sexualidade, focando-a nas genitálias (no ato sexual), deixando de reconhecer, compreender, explorar e vivenciar o corpo em sua totalidade e potencialidade.
Como afirma Foucault (2006), desde o século XVIII a sociedade passou a viver sob repressão sexual. E que, a ascensão da burguesia, reduziu o sexo à sua função reprodutora, onde o casal procriador passou a ser o arquétipo. E O que não se enquadra dentro desta “normalidade“- é excluído, negado, silenciado. Mas, a sociedade burguesa permite algumas exceções, restringindo as sexualidades negadas a lugares onde possam gerar lucros, como por exemplo, as casas de prostituição.
Louro (2007), afirma que a sexualidade, os corpos e os gêneros vêm sendo descritos, compreendidos, explicados, regulados, saneados e educados pelas instâncias sociais. Bonfim (2009) entendendo a sexualidade como todas as nossas manifestações e interações biológicas, psicológicas e sociais também aponta que o corpo funciona como lugar de categorização social, como superfície de inscrição de marcas distintivas como as vestimentas, o comportamento corporal constituindo-se inclusive, em tipificações de classes sociais, culturas, gênero, entre outros.  Embora, a  sexualidade seja  a dimensão das interações humanas ligando-se diretamente ao corpo como dispositivo de prazer (inclusive de reprodução e produção), o entendimento que se tem do corpo constrói-se, a partir das representações sociais do corpo e com as fantasias individuais.
Consideramos que a escola como um todo é um campo privilegiado para desenvolver a consciência corporal, e a disciplina de Educação Física em especial, que apresenta um campo privilegiado para trabalhar as manifestações da sexualidade das crianças por ser uma área que está, constantemente, voltada para o domínio do corpo, contribuindo assim, para a problematização e desconstrução dos conceitos de corpo, gênero e sexualidade hegemônicos no contexto escolar especialmente no que diz respeito a valores éticos e estéticos. Pode trabalhar o sentimento, a auto estima e o prazer que estão diretamente ligados à sexualidade. As atividades físicas de maneira geral, apresentam-se também como uma forma de aprender a expressar, respeitar e lidar com os afetos, sentimentos, desejos, de si mesmo e do outro. Outro trabalho importante onde a educação física se apresenta como um campo capaz de propiciar reflexões ricas diz respeito à cultura corporal. Podendo contribuir para a superação dos modelos e estereótipos idealizados de corpo belo, a percepção que permeia o conceito de corpo na sociedade atual abordando desde o conceito padronizado de beleza (mito de corpo perfeito), especialmente na adolescência, onde estes conceitos esteriotipados, levam os jovens a uma construção negativa da sua auto-imagem, prejudicando sua auto-estima, e através de reflexões críticas, pode-se reverter estes hábitos nada saudáveis que muitos adolescente adotam para incluir-se na ditadura de beleza imposta pela sociedade. Conhecer seu corpo, aprender a cuidar e valorizar a saúde; é um dos caminhos que levam a formação da consciência crítica que torna uma pessoa capaz de fazer escolhas conscientes responsáveis inclusive, a respeito da vivência de sua sexualidade. 

Consideramos como Altamann e Souza que no campo específico do gênero a Educação Física pode contribuir para a superação dos preconceitos especialmente relativos à prática esportiva.  Porém, a  formação docente não tem oferecido os subsídios pedagógicos necessários para que os docentes possam realizar um trabalho que contribua para quebrar os preconceitos de gênero no ambiente escolar.  

É importante lembrar que o preconceito de gênero não é apenas relacionado ao sexo feminino, os meninos também sofrem diversos preconceitos como bem coloca Altmann e Souza (1999, p. 56):
Não se pode concluir que as meninas são excluídas de jogos apenas por questões de gênero, pois o critério de exclusão não é exatamente o fatode elas serem mulheres, mas por serem consideradas mais fracas e menos habilidosas que seus colegas ou mesmo que outras colegas. Ademais, meninas não são as únicas excluídas, pois os meninos mais novos e os considerados fracos ou maus jogadores frequentam bancos de reserva durante aulas e recreios, e em quadra recebem a bola com menor freqüência até mesmo do que algumas meninas. Tais constatações mostram-nos que a separação de meninos e meninas nas aulas de educação física desconsidera a articulação do gênero com outras categorias, a existência de conflitos, exclusões e diferenças entre pessoas do mesmo sexo, além de impossibilitar qualquer forma de relação entre meninos e meninas.” Altmann e Souza (1999, p.5)

Louro (2004, p. 72) também afirma que:
[...] nas aulas de educação física esse processo é, geralmente, mais explícito e evidente. Ainda que várias escolas e professores/as venham trabalhando em regime de co-educação, a educação física parece ser a área onde as resistências ao trabalho integrado persistem, ou melhor, onde as resistências provavelmente se renovam, a partir de outras argumentações ou de novas teorizações.

Essas resistências que segundo Altmann e Souza (1999, p. 57) afirmam estão historicamente relacionadas com  o forte vínculo da Educação Física com a concepção biologista e positivista.
Essa história mostra que na aparência das diferenças biológicas entre os sexos ocultaram-se relações de poder – marcadas pela dominação masculina – que mantiveram a separação e a hierarquização entre homens e mulheres, mesmo após a criação da escola mista, nas primeiras décadas deste século. Buscou-se manter a simbologia da mulher como um ser dotado de fragilidade e emoções, e do homem como força e razão, por meio das normas, dos objetos, do espaço físico e das técnicas do corpo e dos conteúdos de ensino, fossem eles a ginástica, os jogos ou – e sobretudo – os esportes.

 Retomando Altmman e Souza (1999, p. 58)
Com a introdução do esporte moderno como conteúdo da educação física escolar no Brasil, principalmente a partir dos anos 30, a mulher manteve-se perdedora porque era um corpo frágil diante do homem. Todavia, era por “natureza” a vencedora nas danças e nas artes. O corpo da mulher estava, pois, dotado de docilidade e sentimento, qualidades negadas ao homem pela “natureza”. Aos homens era permitido jogar futebol, basquete e judô, esportes que exigiam maior esforço, confronto corpo a corpo e movimentos violentos; às mulheres, a suavidade de movimentos e a distância de outros corpos, garantidas pela ginástica rítmica e pelo voleibol. O homem que praticasse esses esportes correria o risco de ser visto pela sociedade como efeminado. O futebol, esporte violento, tornaria o homem viril e, se fosse praticado pela mulher, poderia masculinizá-la, além da possibilidade de lhe provocar lesões, especialmente nos órgãos reprodutores. À medida que os anos transcorreram, as perspectivas sob as quais se adjetivava o esporte foram se alterando e, nas últimas décadas, presenciamos algumas mudanças: aos homens é dado o direito de praticar o voleibol, sem riscos para sua masculinidade, e o futebol passa a ser praticado por mulheres, tanto nos clubes quanto em algumas escolas. Entretanto, não se pode considerar que, pelo fato de homens e mulheres praticarem os mesmos esportes, estes tenham deixado de ser genereficados. Basta uma análise mais cuidadosa do noticiário divulgado  para verificarmos que eles continuam, de maneira geral, estreitamente ligados à imagem masculina: destacam-se a beleza das atletas, suas qualidades  femininas, sempre frisando que são atletas, mas continuam mulheres.

Aproveitamos o tema  para divulgar que estivemos no mês de agosto apresentando um trabalho no I Simpósio Internacional de Imagem Corporal e I Congresso Brasileiro de Imagem Corporal entitulado: A VISÃO REDUCIONISTA DO CONCEITO DE CORPO NA SOCIEDADE CAPITALISTA MERCANTIL. Onde apontamos que a sociedade capitalista vê o corpo como mera força de trabalho e com a mercantilização do sexo, o corpo produtor de bens, passa a ser “ele próprio” objeto, fonte de produção capital.


A visão de corpo vigente é condicionada pela sociedade capitalista mercantil midiática, conduzindo a visões esteriotipadas, limitadas e reducionistas do corpo, ora como mão-de-obra, ora como objeto,  ora como um produto, desumanizando as relações sociais e afetivo-sexuais. As crianças e adolescentes induzidas pela mídia, em especial a televisão acaba por incorporar como corpo e comportamento ideal os estereótipos de modelos e artistas, que lamentavelmente em muitos casos, não são nada éticos. Especialmente no âmbito da sexualidade feminina onde os corpos das mulheres são usados para atrair audiência e parecem produtos expostos numa vitrine, chamada televisão. As mulheres semi-nuas vulgarmente exibindo seus corpos padronizados acabam por ser o modelo de corpo e comportamento a que os adolescentes por falta de discernimento e senso crítico são condicionados a ter como referência.
A conscientização deve ser bilateral, ou seja, de ambos os lados: escola e família. A visão natural acerca do termo sexualidade deve acontecer não só dentro do ambiente escolar, mais dentro do seio familiar.
A escola não é mera preparação de mão de obra para atender as demandas e interesses da sociedade capitalista. A educação é processo de hominização do homem. Entendemos que, a escola é um dos ambientes mais adequados para a formação valores capazes levar os educandos a romperem esse círculo vicioso da cultura e com os padrões corporais esteriotipados que alicerçam a sociedade capitalista mercantil. Aos educadores diríamos que, conhecer o corpo, suas possibilidades e potencialidades, é tão importante, quanto o aprendizado da leitura e da escrita do mundo, é saber ler a si mesmo e escrever sua história. Assim como adquirimos conhecimentos para transformar o mundo num lugar melhor, devemos conhecer nosso corpo e nossa sexualidade para tornamos melhor nosso mundo interno: corpo e mente, que são o berço das significações da vida.
 No mais sabemos que a cada a erotização e a puberdade estão cada dia mais precoces o que aponta a necessidade emergencial de se abordar esse assunto dentro do ambiente escolar para orientar nossas crianças e adolescentes para que desenvolvam de maneira saúdavel, natural e tranquila, e para que não deixem de viver plenamente a infância que é uma fase essencial, assim como todas as outras fases da vida, mas que se não for desenvolvida plenamente poderá marcar uma pessoa profundamente pelo resto da vida, mas sobre isso trataremos melhor num próximo post. Até lá!
 Referências:
 ALTMANN, Helena; SOUZA,  Eustáquia Salvadora de. Meninos  Meninas: Expectativas Corporais e Implicações na Educação Física Escolar. Cadernos Cedes, ano XIX, nº 48, Agosto/99, p. 52-68.
BONFIM, Cláudia Ramos de Souza. Educação Sexual e Formação de Professores de Ciências Biológicas: contradições, limites e possibilidades. (Tese de Doutorado). Campinas, SP: FE/UNICAMP, 2009.
 FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: a vontade de saber. (V. I.). Rio de Janeiro: Graal, 2006.
 ______. Microfísica do Poder. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
LOURO, Guacira Lopes. (2007). Pedagogias da Sexualidade. In: O corpo educado. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
______. Gênero, sexualidade e educação; uma perspectiva pós estruturalista. Petrópolis: Vozes, 2004.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ação Local no Dia Mundial da Saúde Sexual




  No dia 04 de setembro de 2010, das 09:00 às 12:00 h, foi realizado uma ação local na cidade de Cornélio Procópio, região norte do Paraná, em comemoração ao Dia Mundial da Saúde Sexual, no calçadão localizado no centro da cidade.

O evento foi promovido pela Faculdade Dom Bosco, através da iniciativa e coordenação da ação efetivada pela Profa. Dra Cláudia Bonfim (vice-presidente da ABRADES - Associação Brasileira de Educação Sexual), com a participação efetiva da Diretora Educacional da Faculdade Dom Bosco Silvia Tardelli e com apoio da Prefeitura Municipal através da equipe do PAM - Programa de Ação e Metas - Projeto de Prevenção e Combate de DST e Aids do Governo Federal e das alunas do Curso de Licenciatura em Educação Física da Faculdade Dom Bosco.


Foram distribuídos centenas de kits de preservativos masculinos e femininos, além da conscientização da população para a necessidade de uma vivência saudável, afetiva, responsável e prazerosa da sexualidade. 

 O evento foi reconhecido como de extrema importância pela comunidade local e contou com a participação efetiva das alunas Cynthia e Ana Maria do 20. Período ddo curso de Lic. em Educação Física Cynthia, também estiveram à frente da ação a Diretora Educacional da Faculdade Dom Bosco Silvia Tardelli e  a equipe da Prefeitura/PAM representada por Marta Nogueira e Juliana Marcolini

Essa ação foi apenas o marco de outras ações locais que foram e estarão sendo desenvolvidas.  Aguardem!

 Acreditamos que o importante, é cada um, no seu contexto, estar desenvolvendo ações  que beneficiem o desenvolvimento da consciência crítica e da vivência qualitativa e prazerosa da sexualidade, independente da notoriedade que tenhamos, estamos cumprindo nosso papel social, seja no contexto local ou nacional e, é através de ações locais em rede que podemos ampliar a ação. A nobreza maior do evento se dá pelo especialmente pelo fato de oportunizarmos a transformação no espaço social que nos cerca.

Como defendemos em nossa tese de doutorado, precisamos criar espaços para a educação sexual na escola e na sociedade, onde possamos debater criticamente sobre as questões relativas à sexualidade de maneira emancipatória, séria, responsável, ética e crítica, para que possamos alcançar uma efetiva generalização da educação sexual  na escola e na sociedade, onde possamos efetivar uma lei sobre direitos sexuais, superando os preconceitos de gênero na sociedade, oferecer o acesso mais eficaz ao planejamento familiar especialmente às pessoas das classes desfavorecidas, combater a homofobia, a violência de gênero e violência doméstica.
  E faz-se necessário, urgentemente, como apontamos na tese, incluir  conteúdos programáticos sobre sexualidade humana, oferecendo uma reflexão rigorosa a partir de suas bases históricas, culturais, filosóficas e políticas na formação de base de profissionais de saúde e educação para que estes possam potencializar as ações de uma educação sexual emancipatória, qualitativa, saudável e afetiva na escola e na sociedade.


Agradecemos carinhosamente, à equipe do PAM - Prefeitura Municipal de Cornélio Procópio pelo apoio imprescindível, às alunas de Licenciatura em Educação Física e à Direção da Faculdade Dom Bosco, especialmente aos diretores: Jorgina Azevedo, Silvia Tardelli, Dorival Almeida e Regina, pelo apoio total quando da idéia inicial da realização desta ação, assim como para a realização do ciclo de palestras sobre sexualidade, educação sexual e saúde sexual, na Faculdade Dom Bosco aberto à todos os acadêmicos e à toda comunidade.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

6 de setembro dia do sexo!

Hoje é comemorado o dia do Sexo, que foi criado, em 2008, a partir de uma ação de marketing dos preservativos Olla e da agência Age.

O sexo é parte integrante e fundamental da vivência da ativa da nossa sexualidade, embora as pessoas equivocadamente reduzam a sexualidade ao sexo.

Porém, não podemos deixar de ressaltar que a vivência qualitativa, afetiva, emancipatória, consciente e responsável do sexo seja essencial para melhorar nossa disposição física e mental para encarar as demandas da vida com maior leveza. Sexo faz bem à pele, à auto-estima, ajuda a rejuvenescer, nos deixa mais felizes e conseqüentemente mais saudáveis.

Durante muito tempo o sexo, especialmente para o gênero feminino estava condicionado reducionistamente à reprodução, sem conotação com o prazer. Hoje, avançamos nesse sentido por um lado, conquistando o direito e especialmente se permitindo sentir prazer. Mas, precisamos ressaltar que por outro lado, o Sexo foi banalizado, mercantilizado. Ainda hoje, como aponta o autor francês Lepovitsky não encontramos o equilíbrio para a vivência plena e saudável da sexualidade. Ou as pessoas vivem ainda o sexo de uma maneira reprimida ou então exacerbada, instintiva e quantitativa.

Sexo é vida, é prazer, mas consideramos que para ser signiticativo de fato, não deve ser vivido como apenas instintivamente, mas envolto de afetividade, admiração e erotismo.

Ressaltando que o sexo pelo sexo é finito, como já apontamos em algum outro momento. E que erotismo não é essa pornografia vulgar. O erotismo é o que mantêm acesa a chama do desejo dentro de um relacionamento afetivo-sexual.

Que possamos nos permitir sentir e dar prazer, sem dogmas, tabus e preconceitos, e que consigamos vivenciar o sexo na sua plenitude, de uma forma que supere a genitalidade e o mero instinto, para que o prazer sexual, se transforme em bem-estar.

Sexo é dialético, tem que ser doce e voraz, humano e selvagem, instinto e afeto, mas sempre de maneira conjunta, dialeticamente ligados e vivido sempre num clima de erotismo e cumplicidade.

Aproveitamos para lembrar que no dia 04 de setembro comemorou-se pela primeira vez no Brasil o Dia Mundial da Saúde Sexual e aqui em Cornélio Procópio fizemos uma ação, que será assunto para um próximo post.

Cabe nesse dia também conscientizarmos as pessoas sobre que é fundamental, que o sexo seja seguro, pois temos cada dia mais agravante o índice de pessoas contaminadas pela Aids, entre outras DSTs.

Para finalizar o post de hoje vou deixar um texto de Luiz Fernando Veríssimo, entitulado

“DAR NÃO É FAZER AMOR”, onde podemos refletir que o sexo pelo sexo pode sim se muito prazeroso, mas que é um prazer momentâneo, que esvazia a necessidade instintiva, biologia, física, mas que depois pode ir nos tornando vazios também. Já fazer amor, é algo que estende o prazer do sexo para a vida. Há relatos de pessoas que dizem que o sexo pelo sexo foi maravilhoso na hora, mas que quando acabou não via a hora do outro ir embora, que sentia vazio, depois do que o tesão acabava. Agora quando o sexo estava associado de alguma forma ao carinho, à algum afeto, mesmo após o sexo, se sentiam cheios de energia, de vida, de uma sensação de crescimento, de ganho, de bem-estar. Enfim, cabe a cada um refletir...

“Dar é dar.

Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca…

Te chama de nomes que eu não escreveria…
Não te vira com delicadeza…
Não sente vergonha de ritmos animais.
Dar é bom.

Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar….
Sem querer apresentar pra mãe…
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.

Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral…
Te amolece o gingado…
Te molha o instinto.

Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.

Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.

É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
“Que que cê acha amor?”.

É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho…
É não ter alguém para ouvir seus dengos…

Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar.”

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A ESCOLA E A NEGAÇÃO DO CORPO E DA SEXUALIDADE DA CRIANÇA

Tão importante quanto o aprendizado da leitura e da escrita do mundo, é saber ler a si mesmo e escrever sua história, conhecer o seu corpo, suas possibilidade e potencialidades, pois assim como adquirimos conhecimentos para transformar o mundo num lugar melhor, devemos conhecer nossa sexualidade para tornamos melhor o nosso mundo interno, o nosso corpo e nossa mente, que são o berço das significações da vida. Por isso, nossa defesa de que a Educação Sexual escolar supere sua abordagem sobre sexualidade pautada meramente nas noções biológicas, ou seja, no aprendizado da anatomia do corpo humano, seus órgãos e funções.
Esta visão reducionista e genitalista da sexualidade consolida a visão da sexualidade mercantilista que reduz o corpo a um objeto, um produto, desumanizando das relações afetivo-sexuais. Como já apontamos, os conhecimentos biológicos também são necessários e importantes, mas não suficientes para a compreensão da totalidade da sexualidade, sendo assim, a Educação Sexual escolar, precisa, além da vertente corporal e de saúde preventiva, contribuir à formação de valores éticos e estéticos e para a crítica da forma banal, mercantilista e quantitativa que a sexualidade tem sido vivida nos dias de hoje.
A escola nega o corpo da criança, enxerga como se ela fosse apenas uma cabecinha, aberta a ser um depósito, como na concepção de educação bancária de Paulo Freire, onde serão depositadas as informações, os conteúdos programáticos. A criança é impedida de suas manifestações corporais, até mesmo as manifestações fisiológicas são contraladas, impedindo e estabelecendo horários para que a criança por exemplo, possa ir ao banheiro. Até mesmo, o levantar da carteira durante a aula é considerado muitas vezes como indisciplina.
A escola quase sempre exclui o corpo da mente, separa, mutila. Apenas a cabeça tem que ficar na sala de aula, o corpo só na aula de educação física. Sempre dual, separado. Não conseguindo entender a totalidade do ser. Somos inteireza e não partes estanques, somos razão e subjetividade, somos seres biológicos e histórico-culturais. É no ambiente escolar, no contexto dessa tradição racionalista, que se desenvolve a noção de uma educação intelectual separada de uma educação corporal ou física sendo que ambas, destinando-se a dimensões consideradas opostas e inconciliáveis, ao serem justapostas - educação corporal e educação intelectual  –  compondo a chamada educação integral. Ainda consolida a visão cultural de gênero, separando meninas e meninas, impedido que se socializem, que se reconheçam igualmente como seres humanos.
Consideramos como Louro (1999, p.21) que a criança no ambiente escolar é impedida de expressar-se na sua totalidade seja criativamente, verbalmente ou gestualmente, surgindo o que Louro chama de “corpo escolarizado” ou “corpo disciplinado pela escola”. Disciplinado para o silêncio e dentro de um modelo pré-determinado de fala: “mãos, olhos e ouvidos estão adestrados para tarefas intelectuais, mas possivelmente desatentos ou desajeitados para outras tantas”.
Uma educação autoritária, disciplinadora e de certa forma negando as manifestações corporais da criança, podem provocar um desequilíbrio da sensação somática o que afetará  a autoconfiança e a unidade do sentimento do corpo da criança, que para  controlar seus afetos, vão desde então, enrijecendo o corpo através de sua educação, assim a criança é impedida de desenvolver seus movimentos naturais das crianças através das inibições impostas à elas, causando distúrbios na pulsação biológica, pois como forma de amenizar os sentimentos  de angústia, a criança acaba por interromper o ritmo normal na respiração, tensionando o abdômen.
Segundo Shaw e D’angour (2001, p. 59) “essas reações são uma forma de o corpo preparar-se para lutar, paralisar a atividade ou fugir”.     Assim, nas reações frente as diferentes circunstâncias autoritáras e medo, “[...] temos a tendência de contrair os músculos de nosso pescoço involuntariamente, fazendo com que a cabeça lance-se para trás. As reações musculares que acompanham este reflexo incluem levantar os ombros, tensionar os braços, enrijecer o tórax e flexionar os músculos das pernas para que nossos joelhos fiquem firmes”; 
Como aponta Reich (1992, p.60), “é prendendo a respiração que as crianças costumam lutar contra os estados de angústia, contínuos e torturantes, que sentem no alto do abdômen ou nos genitais e têm medo dessas sensações”, formando desde a infância o que Reich denomina de couraça rígida, que impede o movimento ondulante do peitoral, bloqueando a respiração, como forma de anulação das sensações fortes seja, de  prazer ou  angústia, o que Reich (l992), aponta como sendo o mecanismo básico da neurose. Pois, ao perder este bloqueio respiratório, deixa seqüelas, que acabam também por causar um bloqueio da criatividade e espontaneidade da criança. 
A Educação Sexual que queremos pauta-se numa abordagem que não negue as manisfestações corporais da criança, pois nossa sexualidade se desenvolve desde que nascemos, por isso a necessidade de desenvolver a consciência corporal desde a infância para que a criança entenda a sexualidade de maneira saudável, prazerosa, bonita, natural e essencial em nossa vida.
Defendemos uma educação sexual que busque fornecer ao ser humano as ferramentas necessárias para que possa conhecer seu próprio corpo, o corpo do outro e compreender sua sexualidade para que possa por si mesmo ser capaz de realizar escolhas afetivo-sexuais. Precisamos nos reeducar para superar a visão do corpo objeto de aprendizagem, pela visão corpo como sujeito de aprendizagem. Consideramos como Moreira (1995, p. 22), a necessidade do "olhar sensivelmente os corpos [...] até porque o ato de conhecer não é mental como marca; ele é antes de tudo corpóreo.Todo conhecimento inclusive o de si mesmo, passa pelo corpo, como afima Merleau Ponty, "[...]toda consciência é consciência perceptiva, mesmo a consciência de nós mesmos. "
Mas porque tantos professores sentem  dificuldade em lidar com as manifestações da sexualidade das crianças? E como a escola pode contribuir para melhorar a consciência corporal e o desenvolvimento da sexualidade?
Bem essa questão fica para um próximo post, até lá!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PRAZERES CRIMINOSOS: ASSÉDIO SEXUAL, FILME SNUFF...




Finalizando o post dos prazeres sexuais criminosos e estranhos, hoje vamos abordar o Assédio Sexual, o Estupro, Filme snuff e a Necrofilia. São formas violentas, agressivas e estranhas de sentir prazer. E devem ser combatidas da sociedade, pois são parafilias criminosas.
 O Estupro é outra forma de crime sexual, caracterizado pela coerção, na qual crianças e mulheres especialmente tem  sido vítimas. É uma violência sexual que envolve a coerção de um dos parceiros. Ainda que seja consensual, o ato sexual envolvendo crianças, adolescente e jovens que não atingiram a maioridade, é considerado crime sexual e, lamentalvemente, muitos desses crimes envolvendo crianças e adolescentes ocorrem dentro do próprio ambiente familiar e causam traumas difíceis de ser superados pelo resto da vida.
O Assédio Sexual também é considerado uma coerção de caráter sexual praticada em geralmente por uma pessoa em posição hierárquica superior em relação a um subordinado, pois nem sempre o assédio é empregador - empregado, o contrário também pode acontecer, normalmente em local de trabalho ou ambiente acadêmico. È caracterizado por ameaças, insinuações ou hostilidades  contra o subordinado, com fundamento em sexismo.
O assédio sexual envolve algumas condições impostas para uma promoção que envolvam favores sexuais, ou a ameaça de demissão caso o subordinado recuse a flertar com seus superiores. Como exemplo podemos indicar o filme Assédio Sexual protagonizado por Michael Douglas, que faz um executivo, que espera ser promovido mas quem acaba ocupando o cargo é Meredith Johnson (Demi Moore), com quem ele teve no passado um envolvimento. Meredith rapidamente tenta forçá-lo a ter relações sexuais e, em virtude da recusa dele, ela ameaça destruí-lo na empresa.
A maioria das vítimas de assédio sexual são as mulheres, fruto da nossa tradição cultural patriarcal machista onde sempre prevaleceu a idéia  de superioridade masculina, e a mulher reduzida à condição de objeto e subordinação sexual e social. Embora deva-se dizer que também ocorrem casos de assédio sexual contra homens, homossexuais ou não, e os agressores são homens (mais comum) ou mulheres.
Importante ressaltar que o Assédio Sexual na sociedade brasileira é um crime regido pela Lei n. 10.224, de 15 de maio de 2001, que o caracteriza como: "Constranger alguém com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função."
No ambiente de trabalho, o assédio sexual é definido pela Organização Internacional como “atos, insinuações, contatos físicos forçados, convites impertinentes, desde que apresentem uma das características abaixo:
a) Ser uma condição clara para manter o emprego;
b) Influir nas promoções da carreira do assediado;
c) Prejudicar o rendimento profissional, humilhar, insultar ou intimidar a vítima.
 E deve-se ainda apontar que, para ser caracterizado como assédio sexual não precisa necessariamente haver diferença hierárquica entre as pessoas, embora é mais comum ocorrer nestes casos.
O Filme snuff, que são caracterizados por imagens cinematográficas envolvendo sexo, tortura e assassinato.  Um exemplo é o filme Oito Milímetros que tem como protagonista o ator Nicolas Cage, que faz papel de um detetive particular  contratado para investigar os envolvidos na produção de um suposto filme snuff, encontrado no cofre de um milionário logo após a sua morte.
Lins e Braga (2005, p. 145) afirma que o Filme snuff envolve:
  “Audiovisual, muitas vezes pornográfico, no qual se mostra um suposto ou real assassinato. Sua produção visa ao entretenimento. A existência comprovada de snuffs é uma controvérsia. Há suposições de que seja uma lenda com o objetivo de provocar pânico no grande público. Um funcionário de uma produtora de vídeos pornográficos, na Inglaterra, relatou sobre um filme snuffnorte-americano e sobre vários outros passados na Alemanha, nos anos 1970. A maioria retratava estrangulamentos e por isso não era possível afirmar sua autenticidade. É claro que toda essa polêmica aumenta o valor dos supostos snuffs.    Em Lichamentos do Ed, que registra assassinatos da família Manson, uma mulher acorrentada é lentamente torturada e assassinada. O FEl deu crédito ao filme como verdadeiro. O filme Cannibal Holocaust, de Ruggero Deodato, exibe mortes de animais (tartarugas, porcos) e pelo menos um homicídio. A justiça italiana o obrigou a apresentar o ator vivo, e ele se apresentou. Os animais realmente foram mortos. Em Boston, Es tados Unidos, foram noticiadas vendas de cópias de filmes snuffs. Na Europa, a polícia investiga a venda de filmes que mostram assassinatos de crianças na Rússia.    Os compradores desses filmes talvez se excitem com as cenas exibidas, por fazerem parte de suas fantasias. Para alguns a sensação de poder é alimentada, e eles guardam fotos e vídeos”.
A Necrofilia é uma parafilia rara, onde as pessoas se sentem atraídas sexualmente por cadáveres. Braga e Lins apontam que, “durante as guerras são mais comuns” e exemplificam que “os soldados vencedores praticavam, na campanha marroquina, de 1919, sexo anal com cadáveres recentes e moribundos para aproveitar os espasmos que ocorrem durante a morte”.
 COMBATA QUALQUER TIPO DE CRIME: DENUNCIE!
 A vivência do sexo e da sexualidade é fundamental para nossa qualidade de vida, deve sempre envolver o prazer, mas deve ser vivida de forma saudável e afetiva, e com responsabilidade ética consigo mesmo e com o outro.
Referência:
- LINS, R. N. & BRAGA, F. O livro de ouro do sexo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.

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