domingo, 29 de abril de 2012

A VIVÊNCIA DA SEXUALIDADE NA ERA VIRTUAL.


ESSE MUNDO DIGITAL, TEM DIGITAIS? Uma Análise Crítica das Relações Afetivas e Sexuais na Sociedade Pós Moderna

BONFIM,  Cláudia
Doutora em História, Filosofia e Educação – UNICAMP


Leia resumo textual  abaixo e ouça nosso áudio post para acompanhar na íntegra nossas reflexões.



"No mundo digital as relações afetivas e sexuais tem digitais? A  desumanização das relações  é fruto das tecnologias de informação ou  da sociedade? 


Após o estudo considera-se, que na era virtual o homem  a sensorialidade e o erotismo perderam espaço a pornografia;  o diálogo real para as mensagens digitadas ou pela webcam; diminuindo-se o convívio real, o toque, inclusive entre amigos e familiares (pais e filhos, marido e esposa, namorados) tem sido substituído por relações virtualizadas, o toque por imagens. Entendendo a sexualidade como desenvolvimento e relacionamento humano em todas as suas dimensões: familiares, afetivas, sociais e sexuais, podemos afirmar,  que nesse mundo digital, as relações não são marcadas pelas digitais humanas (tato, toque, abraço, beijo, carinho, afagos, mãos, pele, olfato, cheiro, etc.).  



As pessoas vivem conectadas com milhares de pessoas no mundo virtual, mas ao mesmo tempo, estão ou sentem-se completamente solitárias no seu mundo real. Até mesmo o sexo que torna-se mecanizado. Se por um lado, as tecnologias de informação, em especial a internet e as mídias e redes sociais contribuem para aproximar os que estão distantes geograficamente, inconscientemente, a forma de agir do homem pós-moderno estimulada através destas tecnologias têm levado muitas pessoas a se distanciarem dos que estão próximos; o que  contribui para a desumanização das relações afetivas e sexuais e consolida uma visão reducionista de sexualidade, onde próprio ato sexual torna-se cada vez mais instintivo, mecanizado, hedonista  e genitalizado.  que nos convoca para um trabalho na contramão desse viés, visando promover a humanização da sexualidade para que esta possa ser vivida de maneira plena, qualitativa, saudável, prazerosa e com responsabilidade ética, afetiva e corporal. No tocante às relações afetivas e sexuais neste mundo digital, falta literalmente, sentirmos as verdadeiras digitais."   

(Profª Dra Cláudia Bonfim)




O

sábado, 7 de abril de 2012

Subjetividade na Pós Modernidade



“Começo a conhecer-me, não existo.
sou o intervalo do que desejo ser
e o que realmente me fizeram
ou metade deste intervalo
porque também há vida... sou isto, enfim..."

(Fernando Pessoa)
"Na sociedade pós moderna que nega a história, subjetividade é algo que não se valoriza. Ser não é importante, o importante é ter e viver. Estimula-se que a vida que não deve ser pensada, apenas vivida livremente. Eu posso até concordar que algumas coisas não precisam fazer sentido, mas acredito que TODAS as coisas precisam ser SENTIDAS! Sentir, um verbo tão banalizado nos dias de hoje. As pessoas procuram sensações momentâneas, ilusórias, prazeres homéricos, isolando as sensações dos sentimentos virtuosos de amizade, amor, afeto. Como o prazer de estar junto, de dividir momentos, de construir laços, de trocar afetos, de sentir-se um ao outro como complemento, prazeres estes que vão além da necessidade sexual fisiológica. Acredito que para que algo faça sentido e seja sentido, temos que unir as sensações e os sentimentos. Assim o sentir se torna plena, s corporifica; e próprio prazer do ato sexual se intensifica e se estende para a vida, como sensação de paz, de bem estar, de alegria, de energia, de sentir-se vivo! Sexualidade no sentido amplo é prazer, é tudo que nos motiva a viver (afetiva e sexualmente), mas se o sentir for banal, a vida deixa de ter sentido, não porque necessita ser explicada, mas por deixou de ser sentida! Frutos da pós modernidade, da sociedade imediatista, prática, utilitarista, hedonista, consumista, mercantil. Onde o outro virou também objeto descartável. Não à toa tantas pessoas, jovens inclusive, dizem que não encontrar o sentido das suas vidas. A geração miojo, dos prazeres instantâneos em suas buscas desenfreadas de sensações despidas de sentimento. A afetividade é o que torna a sexualidade essencialmente humana. ".  (Profª Dra Cláudia Bonfim)
Ouça o aúdio post abaixo e ouça na íntegra nossas reflexões sobre a temática! 

"A subjetividade consciente é nos torna GENTE!
Gente que ama,
Gente que pensa,
Gente que sente,
Com o corpo, com a alma, com  a mente
Com toda inteireza da gente!"  (Profª Dra Cláudia Bonfim)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

FALTA DE DESEJO SEXUAL X EXCESSO DE DESEJO SEXUAL



Hoje deixo aos meus leitores uma pequena reflexão na extensão textual, mas uma grande reflexão na profundidade da problemática merece e que voltaremos a tratar em outro momento. Por hora reflitam:
‎"Vivemos numa sociedade extremista.De um lado uns sofrem tentando entender a falta de desejo, de outro lado estão também aqueles que não conseguem controlar o desejo excessivo, que cumlmina muitas vezes, numa patologia. São as extremidades da vivência da sexualidade!
Falta o ponto de equilíbrio. E dentro de meus estudos eu entendo que esses fatores tem uma marca profunda nas questões sócio-histórico-culturais, ligados em sua maioria à educação sexual que tivemos, ora moralista, repressora, e outrora permissiva, exacerbada.
Ainda há claro, os fatores biológicos e psicológicos. Na sociedade de hoje, onde impera o stress e a depressão, a falta de desejo tem se agravado devido também especialmente à estes fatores. Esta é minha percepção de pesquisadora dentro da linha que sigo."
                                                                                          (Cláudia Bonfim)

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