Abaixo, na íntegra a entrevista que concedi à Juliana Rangel e Talita Bristotti. Você pode também conferir a versão editada da entrevista no Blog
Dividida em dois posts:
- Como funciona o orgasmo da mulher?
O orgasmo feminino é quando a mulher atinge o ápice de
prazer e pela contração vaginal, e os mais comuns são os clitorianos (através
da estimulação do clitóris) e raras pela penetração. A resposta orgástica se dá
após envolvimento na relação sexual, tendo como consequência o desejo e
excitação eficaz, e que após persistir o estímulo e a liberação das tensões
ocorre como através de contrações rítmicas no terço inferior da vagina,
contrações uterinas, do esfíncter retal e uretral. Pode ocorrer outras
reações como: arrepios na pele, taquicardia e espasmos musculares
voluntários e involuntários (membros e face). Nas mulheres também pode-se
expelir um líquido. É uma sensação quase indescritível de supremo êxtase, uma
sensação corporal e subjetiva plena de prazer. Porém, não há um padrão e a
intensidade também é variável. Há que se ressaltar porque muitas pessoas
confundo, que que existem dois líquidos expelidos pela mulher durante o ato
sexual um com função lubrificante que sai quando a mulher fica excitada, fazendo
com que a vagina libere essa secreção, que pode aumentar conforme a excitação,
e quanto maior o prazer da mulher maior pode ser sua quantidade, mas esse
líquido é ralo e transparente. Já, a denominada o orgasmo é o momento máximo de
prazer onde sai uma secreção que tem outra consistência e intensidade, é mais
viscosa, consistente, numa coloração clara, mas meio leitosa. O que se pode
afirmar é que há diferença entre o líquido da lubrificação e a secreção
expelida no momento do orgasmo. Assim como sensação de prazer que a mulher
sente na “ejaculação” que ocorre antes ou durante o ato sexual é diferente da
que sente no orgasmo. A “ejaculação” lubrificante ocorre através da estimulação
das partes sexuais que circundam a uretra, como o ponto G e o ponto U, que
ocorre tanto pela estimulação do clítoris como pela penetração. Quando a mulher
atinge o orgasmo, a ejaculação sai da uretra empurrada pelos músculos vaginais.
É importante dizer que a maioria das mulheres tem orgasmo clitoriano, raras
mulheres atingem o orgasmo só com a penetração. Orgasmo é indescritível,
mas poderíamos tentar definir como a experiência única da sensação plena de
morte e vida, unificadas. Você pensa que vai morrer de tanto prazer e renasce
plena de vida, de paz. Sentir prazer numa relação sexual, ou sentir muito
prazer não caracteriza o orgasmo, que só pode ser atingido quando há uma
entrega plena, total da mulher. O orgasmo não depende exclusivamente do homem
(ou da outra pessa) como muitas pessoas pensam, claro que o clima, as carícias
ajudam, mas quem permite ou não o orgasmo é a mente mulher, isso depende da
nossa capacidade de fantasiar, de se entregar, da superação dos traumas, medos,
culpas, tabus a que foi condicionada em sua sexualidade. Você goza com sua
psique, é a mente nosso estímulo mais potente. Para se atingir o orgasmo nosso
corpo e nossa mente precisam estar plenamente entregues, sintonizados. Orgasmo
é muito mais que prazer e só pode ser vivenciado quando a mulher se permite
conhecer seu próprio corpo, tocar-se e viver e descobrir todas as
potencialidades de prazer que ela pode sentir e proporcionar
- Todas podem conseguir chegar no orgasmo múltiplo? - Qual o apelo das posições sexuais para o homem? E para as mulheres?
Sim. Sentir
orgasmo também é um aprendizado. Para algumas pessoas esse aprendizado se dá de
forma natural, para outras se dá pela busca, pela superação de alguma disfunção
ou bloqueio mental. Cada um tem seu chamado ponto “G”, lembrando nosso
corpo todo é erótico, mas é fato, que cada pessoa tem pontos do corpo que
quando tocados/estimulados provocam uma sensação maior de prazer. Devemos
procurar posições sexuais que a mulher que coloque diretamente o clitóris em
contato mais direto com a pele do outro, ou que possibilitando de alguma a
fricção do mesmo. Uma das posições que podemos exemplificar seria o “cavalgar”
de frente que favorece esse estímulo. Senão, durante a penetração a mulher pode
também tocar-se ou pedir para o parceiro tocá-la, e obter os dois estímulos
juntos de penetração e fricção aumentando a intensidade do estímulo, do prazer.
No entanto, é importante lembrar que se a mulher não estiver entregue ao
prazer, com mente estimulada, de nada adianta, pois nosso “maior órgão sexual e
mais potente é psique, é a mente. Se você leva para a cama todos os problemas
do mundo, e não consegue entregar-se plenamente a genitália sozinha não
funciona, ai não se consegue nem lubrificação, e muito menos atingir o orgasmo.
A intensidade da entrega conduz à intensidade do prazer. Salvo, quando esta não
possui problemas fisiológicos, que ai devem ser tratados com o auxílio de um(a)
ginecologista. A ativação da libido e especialmente a estimulação do
clitóris provoca sensações de prazer, que podem inclusive levar ao orgasmo Mas
esta resposta sensorial não depende de sua constituição; e sim condições
psicossomáticas da mulher. Homens e mulheres precisam entender que embora
o papel do parceiro seja importante, ou seja, a forma de acariciar, o beijo, as
preliminares, não é o homem diretamente que leva uma mulher ao orgasmo. Volto a
afirmar, que nosso maior órgão sexual é a mente (psique), para que uma mulher
atinja o orgasmo ela precisa despir não apenas seu corpo, mas sua alma, de
culpas, problemas, dogmas, medo, tabus e entregar-se plena, inteira e
intensamente àquele momento supremo de amor e prazer.
O importante é a FUNCIONALIDADE, que significa a capacidade e a disposição mental e corporal em receber e transmitir estímulos nervosos. É necessário que a mulher se solte, se permita, se entregue! Nosso ponto G principal é a mente, esse é nosso maior e melhor órgão sexual. Ou seja, o orgasmo é o momento de excitação máxima mas antes de ser uma experiência corporal é também emocional. Diversos são os fatores ou causas que podem impedir que uma mulher consiga atingir o ápice do seu prazer. Muitas trazem consigo traumas, culpas, medos, especialmente aquelas que foram vítimas de violência e ou abuso sexual na infância, ou tiveram uma educação sexual repressora, o medo de engravidar, experiências de dor durante a relação sexual, a falta de intimidade com o parceiro, assim como a falta de conhecimento do próprio corpo, o estresse e a rotina no relacionamento. Os homens também podem ter disfunções sexuais. Há também aquelas pessoas que ou exigem muito de si mesma, ou possuem uma baixa auto estima, bloqueando o prazer sexual e causando uma anorgasmia. Ainda hoje, muitas mulheres têm dificuldade ou incapacidade de chegar ao orgasmo. Mas a maioria finge o que não sentiu, ou falsamente acreditam que a relação sexual se resume ao prazer que foram capazes de sentir. Pesquisas indicam que muitas mulheres fingem ter atingido o orgasmo como forma de provocar excitação em seus parceiros ou algumas por sentirem dificuldade de chegar ao orgasmo dizem ter chegado ao mesmo como forma de “concluir” o ato sexual, já que lamentavelmente para muitas pessoas a ato sexual se resume em penetração, ejaculação/orgasmo, portanto, ao atingir este o ato se finda e o prazer também. Como se o prazer e o momento do sexo se limitasse a isso. Fruto da imagem histórica negativa do que o sexo representa para a mulher. Esse quadro assustador não retrata um passado distante. Em pleno século XXI, com toda uma revolução e liberação sexual os números mostram que muitas mulheres ainda trazem marcas profundas da educação sexual patriarcal indicando que grande parte das mulheres tem anorgasmia (falta de orgasmo). Certamente. Como afirmei acima, a intensidade do prazer tem que ser primeira estimulada pela psique. A intensidade da entrega conduz à intensidade do prazer. Salvo, quando esta não possui problemas fisiológicos, que ai devem ser tratados com o auxílio de um(a) ginecologista. A ativação da libido e especialmente a estimulação do clitóris provoca sensações de prazer, que podem inclusive levar ao orgasmo Mas esta resposta sensorial não depende de sua constituição; e sim condições psicossomáticas da mulher. Homens e mulheres precisam entender que embora o papel do parceiro seja importante, ou seja, a forma de acariciar, o beijo, as preliminares, não é o homem diretamente que leva uma mulher ao orgasmo. Para que a relação sexual seja uma experiência agradável e prazerosa, faz-se necessário algo que é essencial em toda relação: DIÁLOGO! É importante que homens e mulheres digam aos seus parceiros quais são o pontos mais erógenos do seu corpo. Falar o que você sente, como gostaria que fosse, socializar suas fantasias, sobre as formas que mais gosta de ser acariciada. E isso é mútuo. Outra palavra-chave em toda relação, inclusive na sexual é RECIPROCIDADE. Através do diálogo seu parceiro poderá explorar o que mais te proporciona prazer e vice-versa, sentir e proporcionar prazer é algo como ação-reação.
O importante é a FUNCIONALIDADE, que significa a capacidade e a disposição mental e corporal em receber e transmitir estímulos nervosos. É necessário que a mulher se solte, se permita, se entregue! Nosso ponto G principal é a mente, esse é nosso maior e melhor órgão sexual. Ou seja, o orgasmo é o momento de excitação máxima mas antes de ser uma experiência corporal é também emocional. Diversos são os fatores ou causas que podem impedir que uma mulher consiga atingir o ápice do seu prazer. Muitas trazem consigo traumas, culpas, medos, especialmente aquelas que foram vítimas de violência e ou abuso sexual na infância, ou tiveram uma educação sexual repressora, o medo de engravidar, experiências de dor durante a relação sexual, a falta de intimidade com o parceiro, assim como a falta de conhecimento do próprio corpo, o estresse e a rotina no relacionamento. Os homens também podem ter disfunções sexuais. Há também aquelas pessoas que ou exigem muito de si mesma, ou possuem uma baixa auto estima, bloqueando o prazer sexual e causando uma anorgasmia. Ainda hoje, muitas mulheres têm dificuldade ou incapacidade de chegar ao orgasmo. Mas a maioria finge o que não sentiu, ou falsamente acreditam que a relação sexual se resume ao prazer que foram capazes de sentir. Pesquisas indicam que muitas mulheres fingem ter atingido o orgasmo como forma de provocar excitação em seus parceiros ou algumas por sentirem dificuldade de chegar ao orgasmo dizem ter chegado ao mesmo como forma de “concluir” o ato sexual, já que lamentavelmente para muitas pessoas a ato sexual se resume em penetração, ejaculação/orgasmo, portanto, ao atingir este o ato se finda e o prazer também. Como se o prazer e o momento do sexo se limitasse a isso. Fruto da imagem histórica negativa do que o sexo representa para a mulher. Esse quadro assustador não retrata um passado distante. Em pleno século XXI, com toda uma revolução e liberação sexual os números mostram que muitas mulheres ainda trazem marcas profundas da educação sexual patriarcal indicando que grande parte das mulheres tem anorgasmia (falta de orgasmo). Certamente. Como afirmei acima, a intensidade do prazer tem que ser primeira estimulada pela psique. A intensidade da entrega conduz à intensidade do prazer. Salvo, quando esta não possui problemas fisiológicos, que ai devem ser tratados com o auxílio de um(a) ginecologista. A ativação da libido e especialmente a estimulação do clitóris provoca sensações de prazer, que podem inclusive levar ao orgasmo Mas esta resposta sensorial não depende de sua constituição; e sim condições psicossomáticas da mulher. Homens e mulheres precisam entender que embora o papel do parceiro seja importante, ou seja, a forma de acariciar, o beijo, as preliminares, não é o homem diretamente que leva uma mulher ao orgasmo. Para que a relação sexual seja uma experiência agradável e prazerosa, faz-se necessário algo que é essencial em toda relação: DIÁLOGO! É importante que homens e mulheres digam aos seus parceiros quais são o pontos mais erógenos do seu corpo. Falar o que você sente, como gostaria que fosse, socializar suas fantasias, sobre as formas que mais gosta de ser acariciada. E isso é mútuo. Outra palavra-chave em toda relação, inclusive na sexual é RECIPROCIDADE. Através do diálogo seu parceiro poderá explorar o que mais te proporciona prazer e vice-versa, sentir e proporcionar prazer é algo como ação-reação.
Mas para fazer isso, você precisa se conhecer e
descobrir quais pontos no seu corpo lhe proporcionam maior prazer.
- E o que seria este orgasmo múltiplo?
Orgasmo Múltiplo é quando o pico de prazer (orgasmos) são
contínuos, sequenciais, não havendo intervalos entre um orgasmo e outro, ou
seja, mantém-se a excitação e o prazer sem interrupções. Mas há também os
múltiplos orgasmos, ou seja, assim como podermos ter um único orgasmo na
relação de profunda intensidade, também podemos sentir diversos orgasmos de
menor intensidade durante a relação. Ou temos a união dos dois, atingindo o
máximo do prazer. Neste momento é comum percebermos o aumento
súbito de contrações da vagina pressionando o próprio pênis. Pesquisas
comprovam que ter um orgasmo durante a relação sexual já é algo que
maioria das mulheres nunca sentiram, imagine então, um orgasmo múltiplo, eles
não são muito frequentes mesmo em mulheres com a potencialidade orgástica.
Sobre o orgasmo temos dois áudio-posts no youtube e no blog, vale a pena conferir:
Sobre o orgasmo temos dois áudio-posts no youtube e no blog, vale a pena conferir:
os homens tambem precisam desocupar a mente para chegar ao orgasmo, eu ja passei mais de uma hora tentando gozar e nao consegui pq minha mente esta em outro lugar
ResponderExcluirÉ impressionante está matéria, fantástico. ...,retrata exatamente o que a gente sente, eu consegui ter meu primeiro aos 32 anos era horrível antes querer chegar lá e não conseguia....parabéns pela matéria.
ResponderExcluirGostei muito adorei. As dica e tirou minhas dúvidas
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