segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Educação - Criança e Consumo

Existe infância de fato na sociedade atual? Por que sérá que as crianças hoje têm depressão? O que a gente vê hoje é uma minituara de adulto? Elas entendem de aparelhos tecnológicos, mas muitas não entendem de amor... Andam com roupas de adulto, têm seus corpos erotizados precocemente, o que como já colocamos aqui, o que induzem à vivência de sua sexualidade ativa sem maturidade psicológica e física, as roupas coladas e justas, os saltos, também não permitem os movimentos necessários ao seu desenvolvimento psicomotor. As brincadeiras socializadoras foram substituídas pelo computador, ou pelos games, com jogos violentos. A convivência tornou-se virtual.

Elas não gostam de comer coisas saudáveis, muitas sofrem de obesidade, escolhem o que comer (nada saudável), escolhem o que vestir, etc. A sociedade capitalista consumista mudou a maneira de ser criança, os prazeres da vida que seria correr, pular, brincar, ter fantasias, sonhar, sorrir, ler contos de fada, essa magia tão necessária à infância e necessário ao seu crescimento afetivo se perderam. Eles se tornaram os maiores alvos do consumismo, uma pena, a infância, uma das fases mais lindas da vida, parece estar sendo engolida, e nós o que estamos fazendo diante disso?

Cabe refletir... Criança tem que ser criança, ser sinônimo de pureza e alegria, uma criança sem brilho no olhar, sem sorriso no rosto e sem sonhos é ao meu ver o visível sintoma de uma sociedade humanamente em crise. Os desejos dela se reduziram a coisas materiais, fruto dos estímulos consumistas bombardeados pela indústria cultural. Uma outra questão é o fato da criança ter o que quer, o contato com a frustração, como o não pode, é também necessário ao seu crescimento, ela precisa ter limites e saber que na vida nem tudo é completamente possível na hora exata que desejamos e que precisamos saber fazer escolhar, e priorizar coisas realmente importantes para nossa vida, compreendendo que a felicidade e o prazer não se reduzem a coisas materiais, e sim afetivas.

Compreender também que a beleza não se reduz ao externo, mas vem de dentro para fora, do seu interior. Um outro absurdo é o adolescente sendo submetido à cirurgias plásticas. As mulheres semi-nuas na TV, a valorização social do corpo belo (em vez das belas idéias e atitudes), culminam também num papel errôneo do que é ser mulher, o exemplo de mulher das meninas estão associados que uma mulher tem que ser sensual, gostosa e seduzir os homens, foram condicionadas a usar roupas que valorizem o corpo, lamentável. O Fim da infância pode ser o fim de uma humanidade feliz, saudável e realmente humana.

Eu adoraria estar bricando agora, correndo pelos campos como eu fazia na infância. Ei tem alguém ai que gosta de brincar?

Hoje indico aos pais, educadores e crianças assistirem o documentário "Criança, a alma do negócio (Brasil)"
Direção Estela Renner
Produção Executiva Marcos Nisti Maria Farinha

"Este documentário reflete sobre estas questões e mostra como no Brasil a criança se tornou a alma do negócio para a publicidade. A indústria descobriu que é mais fácil convencer uma criança do que umn adulto, então, as crianças são bombardeadas por propagandas que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas. O resultado disso é devastador: crianças que, aos cinco anos, deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumes. Num jogo desigual e desumano, os anunciantes ficam com o lucro enquanto as crianças arcam com o prejuízo de sua infância encurtada. Contundente, ousado e real este documentário escancara a perplexidade deste cenário, convidando você a refletir sobre seu papel dentro dele e sobre o futuro da infância."

Esta dispinível para assistir na íntegra
http://video.google.com/videoplay?docid=-5229727692415880368

Neste outro site tem a versão para download
http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/Biblioteca.aspx?v=8&pid=40

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Cuba - um outro mundo possível vejam o vídeo vale a pena!

Eu, no III Seminário Internacional de Ciência e Tecnologia na América Latina com o Prof. Dr. Edwin Pedro (Ministério da Educação Cuba) e com minha amiga Joelma (UFAL-UNICAMP)
Eu nas comemorações sempre afetuosas, entre amigos da Unicamp, onde se estuda, muito, luta-se muito pelas causas sociais, mas também se celebra também as alegrias da vida. Na foto a presença de meu amigo Cubano Freyre e destacando também a alegria de nossa querida amiga Adelina que embora brasileira, tem o espírito Cubano.

Mais uma homenagem aos meus amigos Cubanos!
Ladeada pelo meu querido amigo Prof. PhD. Eduardo Freyre (Universidad de Habana - Cuba), Adelina, Déia, Luciana e meu orientador querido Silvio Sanchez Gamboa.

Com meu amigo Cubano Prof. Dr. Adolfo Lamar, eu, Prof. PhD. Eduardo Freyre, Luciana e um Professor da Universidad de Montevideo.
Recebi esse "presente" de uma amiga da Unicamp e compartilho vale a pena não é um vídeo piegas, de mera apologia a Cuba. O vídeo é um recente documentário de Michael Moore, autor de Tiros em Columbine e Fahrenheit 11/09. Aos que se identificam com Cuba, um reforço às convicções socialistas, aos que preconceituam negativamente o regime Cubano, assistam ao documentário de coração aberto e reflitam... Mostra um pouco do que pude aprender na convivência com dois amigos Cubanos que conheci na Unicamp o Prof. PhD. Eduardo Francisco Freyre Roach que já regressou para seu país após concluir o pós-doutorado na Unicamp e o Prof. Dr. Adolfo Lamar. A solidariedade e o aspecto humano estão acima de qualquer coisa para os cubanos. Tenho o sonho do fundo do meu coração, que o mundo cappitalista não acabe com ela, pois, daí conseguimos renovar as nossas esperanças de que um outro mundo é possível...
Fora a alegria que esse povo traz na alma e nos contagia, a cultura, a música sempre tem que estar presente onde eles estão, como um momento de celebração, de partilha de energias boas. Claro que como tudo na vida, a dialética se faz presente. Também Cuba há contradições, não podemos dizer que Cuba é o modelo perfeito de sociedade, estamos cá, falando de um país onde há somente uma agência de publicidade (a governamental), ou seja, onde não há, de fato, liberdade de expressão, entre outras liberdades. Agora não podemos negar que em termos de saúde e educação, o Brasil fica devendo, fora a questão da desigualdade social. Bom seria se Cuba tivesse a liberdade de expressão brasileira. E dizer que seria possível instaurar aqui o modelo socialista de Cuba, é uma utopia e das maiores. Mas, enfim, sigamos sonhando, lutando e almejando que as desiguais sociais se amenizem, lutando contra a opressão, pela autonomia, pela politização e conscientização social.
Mesmo com as contradições de Cuba (que repito, não é um modelo de sociedade perfeita, mas sim, com muitas questões sociais que eu "invejaria" poder dizer que também tivéssemos no Brasil, como a frase em que Fidel Castro expressa:
“Esta noite milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma delas é cubana”
Nota:
O vídeo que vão ver foi filmado em Cuba pelo cineasta Michael Moore.
É sobre o sistema nacional de saúde cubano.
Cuba, onde as crianças não têm acesso a Play Stations (pelo menos com facilidade).
Nem se sentem inferiorizadas por não vestirem roupas de marca.
Onde os supermercados não apresentam 60 marcas de manteiga diferentes.
E a TV não mente a publicitar que os Danoninhos ajudam as crianças a crescer.
Os carros de luxo não abundam.
Nem as malinhas Louis Vuitton.
Mas têm talvez o mais avançado sistema de saúde de todo o planeta.
E um sistema de ensino ímpar, em que os professores ensinam e os alunos aprendem, com rigor e disciplina, onde não há lugar para Escolas Novas, estatísticas aldrabadas, pseudo-universidade s e Novas Oportunidades da treta.
E pleno emprego.
Se os cubanos invejam a nossa liberdade.
Invejo-lhes, aos Cubanos, a falta de liberdade em alguns sentidos.
Falta de liberdade para assaltarem idosos e crianças.
Falta de liberdade para agredirem professores dentro das escolas.
Falta de liberdade para dispararem contra polícias.
Falta de liberdade para desrespeitarem o seu semelhante.
Falta de liberdade para os políticos corruptos que enriquecem à sombra do erário público.
Cuba, onde tantas coisas faltam, principalmente as supérfluas, as inventadas pelo capital na sua necessidade de se reproduzir.
Mas onde abundam a solidariedade, a fraternidade e, principalmente, a humanidade.

Vejam o vídeo:
http://video.google.com/videoplay?docid=-8478265773449174245&hl=pt-BR

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sexualidade e Terceira Idade: que história é essa que sexualidade tem idade?

QUE HISTÓRIA É ESSA QUE SEXUALIDADE TEM IDADE?

A Sexualidade é inerente ao ser humano. Porém, somos seres diferentes, cada um com suas experiências e vivências ímpares. Ninguém vive as mesmas sensações e emoções em momentos igualmente determinados da vida. O florescer da sexualidade se dá dentro da vivência única de cada um. O importante é descobrirmos e entendermos o que é necessário para que vivermos melhor e com mais prazer, com respeito ao seu corpo e ao outro, buscando romper a visão genitalista, quantitativa que a mídia e a cultura buscam consolidar. Quando falamos em prazer as pessoas logo associam esta sensação ao sexo, como se os prazeres da vida se reduzissem a isto. A sexualidade não se limita ao prazer na cama, embora esse momento seja uma celebração, não podemos reduzir, nem renunciar viver com plenitude nossa sexualidade, pois estaríamos abrindo mão de uma parte essencial de nós mesmos.

A sexualidade bem resolvida é essencial para uma pessoa ser feliz, porém, estamos condicionados a viver nossa sexualidade de maneira limitada, o meio cultural que vivemos embrutece nossos sentidos e sentimentos, ditando o que “se pode ou não fazer”, nos deixando presos a preconceitos que não nos permitem compreender, ver e viver plenamente nossos prazeres. Sexualidade traz vida, disposição e alegria, devemos vivê-la da maneira mais intensa possível, nos despindo de normas e regras falsamente moralistas, que castram nossos desejos e potencialidades como se fossemos animais. Somos seres humanos, nascemos sujeitos sexuados e através do afeto, desse encontro de comunhão com o outro, entrega, convívio, partilha de sensações, emoções, aprendemos a respeitar além de nossa individualidade, o outro. A sexualidade nasce e morre conosco, não há idade para vivê-la, sendo assim, que história é essa que sexualidade tem idade? Ainda que, a forma como desfrutamos do sexo/sexualidade seja diferente em cada etapa da vida, e para cada um.

Os tabus e preconceitos enraizados na sociedade e nas pessoas de maneira individual, leva-nos a pensar que a sexualidade pertence à juventude, reduzindo sua vivência na terceira idade ao amor platônico ou à abstinência sexual, relegando e ignorando que podemos viver uma sexualidade ativa, ainda que, de forma diferente, porém, não menos prazerosa. Somos capazes de proporcionar e sentir prazer durante toda vida. O ato sexual em si, pode ter uma freqüência menor, o que não diminuiu nossa da capacidade de amar, dar e receber carinhos e viver outras emoções igualmente prazerosas. A sexualidade na terceira idade é, freqüentemente, vista e baseada em velhos estereótipos privado de significados, associada à disfunção ou insatisfação. A sexualidade mercantilista consolida a visão genitalista e equivocada que a sexualidade está ligada aos corpos belos. Nessa vertente os estereótipos que as pessoas da terceira idade não seriam mais atraentes fisicamente, nem teriam interesse por sexo ou seriam incapazes de sentir algum estímulo sexual, são equívocos e preconceitos que, unidos à falta de informação, induzem muitas pessoas da terceira idade à uma atitude pessimista referente à sua sexualidade.

A sexualidade não é sinônimo de ato sexual, ela envolve todo nosso ser, corpo, mente, subjetividade, capacidade de dar e receber afeto, carinho, envolve troca, pressupõe amor, sensualidade, fantasia e inteligência. Será que a velhice nos rouba tudo isto? Não. Devemos entender que cada fase da vida tem belezas, encantos e devemos viver plenamente cada uma deles. Não podemos aceitar essa visão reducionista da sexualidade ao contato de genitálias, o próprio sexo pode ser o resultado de vários outros estímulos e toques afetivos, sensuais e carinhosos como a auto-estimulação, fantasia, erotismo, coito, entre outros. Não há idade para amar, desejar alguém e ser feliz. Vivam profundamente suas sexualidades, com ereção, sem ereção, atingindo ou não o orgasmo do corpo; busquem a satisfação da alma.

Usem a mente, nosso maior órgão sexual, para que a vida seja prazerosa enquanto seu coração bater. Nada pode ser maior que o prazer de viver! Há prazeres tão incomensuráveis como o sexo em si, o prazer de um abraço, da carícia nas mãos, o toque no rosto, no corpo, olhares intermináveis de ternura, um beijo carregado de amor, carinho, paixão, respeito, encantamento, admiração, de sorrir juntos até a barriga doer, compartilhar sonhos, planos, anos, histórias, de estar junto, de simplesmente, poder amar e ser amado. Esqueça o fator idade, viva sua sexualidade com criatividade e cumplicidade!

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