Neste dia em que se comemora o dia do trabalho, vale a pensa rememorar essas reflexões! Clique no áudio post abaixo e confira!
Cabe
ainda a partir da música abaixo pensarmos sobre a "mais-valia",
sobre a mão de obra mal remunerada, sobre a exploração do homem pelo homem,
sobre a alienação social, sobre nossas condições de trabalho, sobre a
desumanização do homem em detrimento ao acúmulo do capital. A
mais-valia" é o termo usado por Marx para designar a disparidade entre o
salário pago e o valor do trabalho produzido. O valor do que se produz e do que
recebe. O sistema capitalista representa a própria exploração do trabalhador
por parte do dono dos meios de produção, na disputa desigual entre capital e
proletário sempre o primeiro sai vencedor. Desse modo, o salário pago
representa um pequeno percentual do resultado final do trabalho (mercadoria ou
produto), então a disparidade configura concretamente a chamada mais-valia,
dando origem a uma lucratividade maior para o capitalista.
Chauí
fala sobre as três formas de alienação: social, econômica e intelectual. Sobre
a econômica tem um trecho que ela deixa claro o seu significado:
"O
trabalhador olha os preços e sabe que não poderá adquirir quase nada do que
está exposto no comércio, mas não lhe passa pela cabeça que foi ele, não
enquanto indivíduo e sim como classe social, quem produziu tudo aquilo com seu
trabalho e que não pode ter os produtos porque o preço deles é muito mais alto
do que o preço dele, trabalhador, isto é, o seu salário. Apesar disso, o
trabalhador pode, cheio de orgulho, mostrar aos outros as coisas que ele
fabrica, ou, se comerciário, que ele vende, aceitando não possuí-las, como se
isso fosse muito justo e natural. As mercadorias deixam de ser percebidas como
produtos do trabalho e passam a ser vistas como bens em si e por si mesmas
(como a propaganda as mostra e oferece). Na primeira forma de alienação
econômica, o trabalhador está separado de seu trabalho - este é alguma coisa
que tem um preço; é um outro (alienus), que não o trabalhador."
Nos
dias de hoje, legalmente todos têm o direito de acesso à escola, no entanto,
isso está muito longe de garantir uma permanência qualitativa, um processo de
ensino-aprendizagem que efetivamente cumpra com sua função educativa e que
ofereça aos educandos as ferramentas necessárias para a formação da consciência
crítica e consequentemente a ações capazes de promover a transformação da
sociedade e a superação das desigualdades sociais.
É
importante pensarmos que a sociedade
atual não é a mesma que Marx vivia. Para mim ele é importante, não como
referência humana ou política perfeita, ele era tão humano quanto nós. Mas
considero-o basilar para minha emancipação intelectual. Sabemos que, é uma utopia pensar numa sociedade socialista,
especialmente onde o capitalismo impera, e também, conhecemos infelizmente
modelos como Cuba, onde o modelo empregado não condiz de fato com o que Marx
pensava. Por isso, o que eu defendo é apenas uma sociedade onde sejamos todos
respeitados em igualdade e o valor nosso trabalho seja reconhecido e não
explorado.
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