domingo, 21 de outubro de 2012

Quando o sentimento transcende o contato físico. Mais que corpos, almas! "Maktub"


“Seria apenas mais uma história, se não tivesse tocado a alma…"
Se retomarmos a doutrina espírita, podemos afirmar que Allan Kardec foi um dos poucos filósofos de seu tempo a discorrer sobre o amor e suas implicações. Afirmou, à época, que “nem a lei civil, nem os compromissos que ela faz contrair podem suprir a lei do amor se esta lei não preside a união”. Não há lei maior do que a lei do amor.  Eu confesso que isto, me toca. É incrível, como algumas histórias de amor parecem mesmo ser escritas pelo destino. É como se tivessem que acontecer. Claro, que isto não determina que as pessoas ficarão juntas e serão felizes para sempre, pois eu acredito que o destino pode aproximar duas pessoas, mas nossas escolhas é que definem a vida, temos livre arbítrio. São nossas ações e comportamentos, a partir destas escolhas que mudarão ou não nossas vidas, pois somos sujeitos de nossa própria história! Porém, estas esperas, encontros e desencontros, muitas vezes nos faz em entender o que é um amor de almas.
Seriam questões de outras vidas?  Na luz do Espiritismo, a explicação para esses laços são as vidas sucessivas. Mesmo que nós não acreditemos em reencarnação, o passado cármico estaria escrito no inconsciente. E quando dormimos, nosso espírito se torna livre da matéria por algumas horas e “relembramos” tudo. Nesta crença, conscientemente ou inconscientemente  todos saberiam porque sofrem, ou porque atraimos ou não determinada pessoa. No entanto, você conta com o livre arbítrio. Não devemos ficar com alguém por obrigação, mas por amor, devemos sempre escolher o amor. Pois é o verdadeiro amor o único capaz de nos faz levar à plenitude, inclusive do prazer.
Não posso afirmar que sejam laços fortes de de vidas passadas, mas acredito em amor de almas. Daqueles que mesmo sem tocarmos, somos capaz de sentir. Como aquelas pessoas que não sabemos explicar porque, mas sabemos, subjetivamente o quão são especiais, por alguém motivo além do físico. Creio que todo amor de verdade nasce na alma. É um sentir para além dos desejos carnais. Nele não são precisos alardes e nem ruídos. Não cabem rumores e nem juízes. É daqueles sentimentos que pertence à suas entregas e cumplicidades infinitas e silenciosas. Nele não cabem interrogações. É feito de exclamações e afinidades afirmativas. É, sem que necessariamente tenha ocorrido o contato físico.
É um sentimento raro, onde amor e desejo florescem das entranhas. E cresce ali, em suas reservas, em seus segredos, em suas esperas infinitas. E quando chega a gente entende que estava guardado, esperando por nós num tempo que não se dimensiona.  É atemporal.
Não necessita de alardes. É suficiente a quem o sabe, porque de tão bonito reserva aos seus o encantamento. E é forte porque o próprio desejo carnal não se sustenta apenas no contato físico, mas nos pilares de todo sentimento grandioso e verdadeiro: a admiração, o afeto, o respeito.  Traz em si a completude. É um sentimento dialético, de euforia e calma. Enquanto o corpo arde em desejo, e pede urgências, a alma esconde um sossego bom, como um parêntese, que guarda a palavra mais bonita. 
É feito fogo e água, é feito sol e chuva,  vinho e pão, fome e sede, é visceral  no sentido mais profundo da palavra, como vertigens causadas por fomes ancestrais.
Grita por dentro, mas não precisa alardear-se por fora, reserva-se silenciosamente entre os seus. Porque de tão bonito, quer preserva-se de tudo que possa tentar destruí-lo.
Para este sentimento não existe distância, e transcende a necessidade física, porque o outro está ali, do lado de dentro.
“E quanto se pode amar? Se for amor mesmo, não cabe numa vida... e nem na gente...” Por ser amor de alma, ecoa "ADINFINITUM". Alguns amores não nos cabe entender, mas sentir. Maktub - estava escrito! É um desejo puro, visceral, das profundezas da alma. E independente do livre arbítrio, sempre chegaremos ao encontro do que nos está destinado. Ainda que essas duas pessoas não permaneçam juntos corporalmente, há um momento eterno nesse encontro de almas.
 Os amores mais puros não entendem sobre distância e impedimentos.  É um sentimento que vive de eternidade, e sabem que há vale a pena esperar para que a alma e o corpo se unifiquem, porque têm consciência que há momentos podem valer por uma vida inteira, entende de intensidades mais do que de quantidades.  Transcende o mundo da matéria. É singular.
Mesmo no campo da sexualidade,  o verdadeiro desejo está ligado à alma, como dizia Platão: "Eros esse Deus poderoso diz mais respeito à alma que ao corpo".
E Adélia Prado afirmou: "erótica é alma"!
Em Eros, encontramos um princípio de ligação que nos possibilitou entender a necessidade dialética instintiva do  corpo para alimentar a alma e a mente, permitindo as fantasias e o erotismo, sem os quais a sexualidade perde sua plenitude e o alimento fundamental para o corpo sexual. a sexualidade pode ser entendida como “o termo que se refere ao conjunto de fenômenos da vida sexual”, envolvendo, além da dimensão biológica, os relacionamentos, o erotismo, a fantasia, o prazer e também questões culturais, religiosas, simbolizações, a própria construção humana, não se limitando apenas às genitálias. Há amores que nos tocam sem tocar, nos abraçam com palavras, nos acariciam pela simples existência. E se o encontro físico acontecer, será o momento de êxtase mais sublime e pleno que poderá existir.
A tríade Sexualidade, Sexo e Amor, no sentido de afeto é que proporciona a sensação maior de bem estar, que nos dá leveza, que nos impulsiona para enfrentar as demandas da vida com mais vigor. Nessa junção de necessidade de prazer e sentimento, que todo ser humano tem, de buscar sensações, bem-estar, prazer, afeto, contato e carinho. Isso justifica a necessidade de interligação. Pois, só essa tríade nos permite manifestar através de diferentes maneiras a nossa sexualidade através do bem-estar, alegria, estímulo, desejos, fantasias, sonhos, amor, afeto, carinho, contato físico, sexo, sensibilidade, prazer, entre outros. O verdadeiro sentimento de amor, pode envolver o corpo, mas não se desvincula da alma. Não fragmenta o sentir, complementa-se, sacramenta-se.
Fazer sexo com afetividade é pensar na sexualidade como a mais fundamental e bela expressão da vida. É qualificar a primária necessidade biológica, é a junção do instinto com a subjetividade, do animal com o humano. Quando a necessidade do outro envolve amor e tesão, atinge-se a plenitude da alma. E a relação pauta-se na leveza, no bem estar, numa relação sexual humanizada, afetiva, prazerosa e significativa.  O verdadeiro prazer não é aquele de um momento, mas aquele se incorpora na vida. 
Quem compreende a sexualidade como celebração da vida, sabe que ela ultrapassa o físico. É uma comunhão de corpos e almas! É um desnudar-se completamente. Inteiramente. E até mesmo o próprio ato sexual, ganhe um significado para além do carnal, funde-se nele o afeto e o instinto. Alimenta-se o corpo e alma. Simbiose. Vivencia-se nele todos os sentidos: tato, olfato, audição, gustação. Comunga-se e contempla-se o outro na sua inteireza. Compreende-se então, a beleza da fusão. Porque além de ser sentido, o prazer ganha sentido. Entende-se enfim, que a sexualidade é a expressão mais bela e plena da vida, e para além dela.
(Cláudia Bonfim)


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

OUTUBRO ROSA! FAÇA O AUTOEXAME DE MAMA

TOCAR-SE É UM ATO DE AMOR!

 Este é o mês escolhido mundial mundialmente para ações e campanhas de conscientização sobre o câncer de mama, que é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres. Toque-se! Previna-se! Faça o autoexame, pois através deste simples toque  é possível notar a presença de nódulos, sintoma mais recorrente da doença.  Importante salientar que a primeira mamografia deve ser feita por volta dos 35 anos de idade. A partir dos 40, deve-se realizar o exame a cada dois anos e, depois dos 50, deve ser realizado anualmente.


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