sexta-feira, 22 de abril de 2011

A Beleza em Baudelaire

 
CLIQUE NO VÍDEO ACIMA E TENHA ACESSO A NOSSA REFLEXÃO COMPLETA SOBRE O TEMA


Boa tarde queridos ouvintes, leitores e seguidores do nosso Blog Educação e Sexualidade, eu Cláudia Bonfim, para iniciar, deixo meu abraço a todos vocês e em especial hoje ao meu querido amigo Eduardo Trevisan, meu amigo dos tempos idos da adolescência, pela alegria do reencontro virtual, e pela honra ter você como leitor do nosso B log.


O áudio post de hoje versará sobre A beleza Baudelaire – reflexões iniciais


A beleza sempre teve uma dualidade, mas nos dias de hoje vivemos numa sociedade que a beleza (externa) tem sido cada dia mais exaltada, esteriotipada e as pessoas tentam se adequar a estes modelos, padrões de beleza historicamente estabelecidos. Os corpos magros, esguios, as vestimentas conforme a ditadura da moda, são o sonho de consumo da maioria das pessoas que para isto  se submetem a tratamentos absurdos, deixam de se alimentar saudavelmente, colocam sua saúde e vida em risco e tudo em nome da tal beleza. Enquanto a beleza interna, tem se empobrecido.


Mas de fato o que é ser Belo?


Vamos começar esta reflexão pautando nas obras do poeta francês Charles Baudelaire.  Em suas poesias notadamente estão presentes a dialética humana, a contradição e o antagonismo, como sugere um de seus  livros, entitulado: As Flores do Mal. Que mostra a delicadeza da flor e a perversidade do mal.


Mas consideramos que, é em “O pintor da vida moderna”, que Baudelaire nos convoca ainda mais a refletirmos sobre diversos temas, entre eles, a beleza especialmente da beleza feminina, e nos leva  a um despertar da consciência crítica... 


Em tempo,  alerto a todos: há que se  ter um olhar crítico para diferenciar o verdadeiro belo, pois qual o quê, as pessoal do mal, como os psicopatas,“vestem-se” como as mais delicadas flores  (do mal), planejam e criam ações maléficas estratégicas e interesseiras para aproximarem-se das pessoas verdadeiramente belas. Talvez na tentativa de tentar encontrar um pouco de luz e brilho. Mas, mal não está em querer que dividam com elas o brilho, e sim, em querer ofuscar a luz do outro. 


Abraços a todos! Espero vocês sempre carinhosamente, aqui neste nosso precioso espaço de estudos e reflexões sobre todos os componentes da sexualidade humana que envolve nosso desenvolvimento, nossos relacionamentos, nossos sentimentos... Onde estão inseridas as virtudes, a beleza, o erotismo, a afetividade, a humanização, o instinto, o desejo, o sexo, o prazer.
Clique no áudio no início deste post e ouça nossa reflexão na íntegra!
          P.S. Ana, novo outro fundo musical postada especialmente para você. Grata!

4 comentários:

  1. Querida, tenho a curtição redobrada, por ser, tenho quase certeza, o seu primeiro leitor de hoje.
    Lindo: vou ouvir de novo e de novo...
    Nunca tinha conhecido Baudelaire... Como é bom perceber a ignorância diante do infinito..., e poder ter o frescor de quem aprende pela primeira vez. Nunca tive essas reflexões sobre o belo...
    Você é uma luz divina, querida!

    Grato, grato, grato...

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  2. Querida Dra. Cláudia Bonfim,

    Surpreendido me sinto por este estudo sobre a Beleza em Charles Baudelaire. Me incitas a ir mais longe, como de costume. Teus caminhos intelectuais se distanciam e se mesclam com os meus, uma tessitura diálética tentadora, excitante, sensual.

    O pouco que sei sobre a Paris de século 19 me leva a querer mais saber, para entender tua mensagem. Também sou admirador de Shlomo Freud, mais que nunca ao amadurecer e usufruir do convívio feminino. Acho que Darwin explicaria o que Freud não conseguiu.

    Farei algumas leituras para compreender, enfim, tua postagem de hoje.

    Beijos,

    Henrique Levy, Ph.D.

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  3. Para facilitar a compreensão, transcrevo a cá o poema Hino a Beleza, de Baudelaire:


    Charles Baudelaire
    Vens do fundo do céu ou do abismo, ó sublime
    Beleza? Teu olhar, que é divino e infernal,
    Verte confusamente o benefício e o crime,
    E por isso se diz que do vinho és rival.

    Em teus olhos reténs uma aurora e um ocaso;
    Tens mais perfumes que uma noite tempestuosa;
    Teus beijos são um filtro e tua boca um vaso
    Que tornam fraco o herói e a criança corajosa.

    Sobes do abismo negro ou despencas de um astro?
    O Destino servil te segue como um cão;
    Semeias a desgraça e o prazer no teu rastro;
    Governas tudo e vais sem dar satisfação.

    Calcando mortos vais, Beleza, entre remoques;
    No teu tesoiro o Horror é uma jóia atraente,
    E o Assassínio, entre os teus mais preciosos berloques,
    Sobre o teu volume real dança amorosamente.

    A mariposa voando ao teu encontro ó vela,
    "Bendito este clarão!" diz antes que sucumba.
    O namorado arfante enleando a sua bela
    Parece um moribundo acariciando a tumba.

    Que tu venhas do céu ou do inferno, que importa,
    Beleza! monstro horrendo e ingênuo! se de ti
    Vêm o olhar, o sorriso, os pés, que abrem a porta
    De um Infinito que amo e jamais conheci?

    De Satã ou de Deus, que importa? Anjo ou Sereia,
    Se és capaz de tornar, - fada aos olhos leves,
    Ritmo, perfume, luz! - a vida menos feia,
    Menos triste o universo e os instantes mais breves?

    Fonte: www.carcasse.com

    Henrique Levy, Ph.D.

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  4. Profª Cláudia,

    É com muita alegria que passo por aqui para agradecer-lhe pela cumplicidade permitida, ao acompanhar o Caminhar & Ruminar, que ontem completou o seu primeiro ano de vida. Obrigado!

    A festa é você, a sua presença e amizade que empresta sem reservas! Tenha certeza, significa muito!

    Receba o meu fraternal abraço!

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