CLIQUE NO VÍDEO ACIMA E TENHA ACESSO A NOSSA REFLEXÃO COMPLETA SOBRE O TEMA
Boa tarde queridos ouvintes, leitores e seguidores do nosso Blog Educação e Sexualidade, eu Cláudia Bonfim, para iniciar, deixo meu abraço a todos vocês e em especial hoje ao meu querido amigo Eduardo Trevisan, meu amigo dos tempos idos da adolescência, pela alegria do reencontro virtual, e pela honra ter você como leitor do nosso B log.
O áudio post de hoje versará sobre A beleza Baudelaire – reflexões iniciais
A beleza sempre teve uma dualidade, mas nos dias de hoje vivemos numa sociedade que a beleza (externa) tem sido cada dia mais exaltada, esteriotipada e as pessoas tentam se adequar a estes modelos, padrões de beleza historicamente estabelecidos. Os corpos magros, esguios, as vestimentas conforme a ditadura da moda, são o sonho de consumo da maioria das pessoas que para isto se submetem a tratamentos absurdos, deixam de se alimentar saudavelmente, colocam sua saúde e vida em risco e tudo em nome da tal beleza. Enquanto a beleza interna, tem se empobrecido.
Mas de fato o que é ser Belo?
Vamos começar esta reflexão pautando nas obras do poeta francês Charles Baudelaire. Em suas poesias notadamente estão presentes a dialética humana, a contradição e o antagonismo, como sugere um de seus livros, entitulado: As Flores do Mal. Que mostra a delicadeza da flor e a perversidade do mal.
Mas consideramos que, é em “O pintor da vida moderna”, que Baudelaire nos convoca ainda mais a refletirmos sobre diversos temas, entre eles, a beleza especialmente da beleza feminina, e nos leva a um despertar da consciência crítica...
Em tempo, alerto a todos: há que se ter um olhar crítico para diferenciar o verdadeiro belo, pois qual o quê, as pessoal do mal, como os psicopatas,“vestem-se” como as mais delicadas flores (do mal), planejam e criam ações maléficas estratégicas e interesseiras para aproximarem-se das pessoas verdadeiramente belas. Talvez na tentativa de tentar encontrar um pouco de luz e brilho. Mas, mal não está em querer que dividam com elas o brilho, e sim, em querer ofuscar a luz do outro.
Abraços a todos! Espero vocês sempre carinhosamente, aqui neste nosso precioso espaço de estudos e reflexões sobre todos os componentes da sexualidade humana que envolve nosso desenvolvimento, nossos relacionamentos, nossos sentimentos... Onde estão inseridas as virtudes, a beleza, o erotismo, a afetividade, a humanização, o instinto, o desejo, o sexo, o prazer.
Clique no áudio no início deste post e ouça nossa reflexão na íntegra!
P.S. Ana, novo outro fundo musical postada especialmente para você. Grata!
Querida, tenho a curtição redobrada, por ser, tenho quase certeza, o seu primeiro leitor de hoje. Lindo: vou ouvir de novo e de novo... Nunca tinha conhecido Baudelaire... Como é bom perceber a ignorância diante do infinito..., e poder ter o frescor de quem aprende pela primeira vez. Nunca tive essas reflexões sobre o belo... Você é uma luz divina, querida!
Surpreendido me sinto por este estudo sobre a Beleza em Charles Baudelaire. Me incitas a ir mais longe, como de costume. Teus caminhos intelectuais se distanciam e se mesclam com os meus, uma tessitura diálética tentadora, excitante, sensual.
O pouco que sei sobre a Paris de século 19 me leva a querer mais saber, para entender tua mensagem. Também sou admirador de Shlomo Freud, mais que nunca ao amadurecer e usufruir do convívio feminino. Acho que Darwin explicaria o que Freud não conseguiu.
Farei algumas leituras para compreender, enfim, tua postagem de hoje.
Para facilitar a compreensão, transcrevo a cá o poema Hino a Beleza, de Baudelaire:
Charles Baudelaire Vens do fundo do céu ou do abismo, ó sublime Beleza? Teu olhar, que é divino e infernal, Verte confusamente o benefício e o crime, E por isso se diz que do vinho és rival.
Em teus olhos reténs uma aurora e um ocaso; Tens mais perfumes que uma noite tempestuosa; Teus beijos são um filtro e tua boca um vaso Que tornam fraco o herói e a criança corajosa.
Sobes do abismo negro ou despencas de um astro? O Destino servil te segue como um cão; Semeias a desgraça e o prazer no teu rastro; Governas tudo e vais sem dar satisfação.
Calcando mortos vais, Beleza, entre remoques; No teu tesoiro o Horror é uma jóia atraente, E o Assassínio, entre os teus mais preciosos berloques, Sobre o teu volume real dança amorosamente.
A mariposa voando ao teu encontro ó vela, "Bendito este clarão!" diz antes que sucumba. O namorado arfante enleando a sua bela Parece um moribundo acariciando a tumba.
Que tu venhas do céu ou do inferno, que importa, Beleza! monstro horrendo e ingênuo! se de ti Vêm o olhar, o sorriso, os pés, que abrem a porta De um Infinito que amo e jamais conheci?
De Satã ou de Deus, que importa? Anjo ou Sereia, Se és capaz de tornar, - fada aos olhos leves, Ritmo, perfume, luz! - a vida menos feia, Menos triste o universo e os instantes mais breves?
É com muita alegria que passo por aqui para agradecer-lhe pela cumplicidade permitida, ao acompanhar o Caminhar & Ruminar, que ontem completou o seu primeiro ano de vida. Obrigado!
A festa é você, a sua presença e amizade que empresta sem reservas! Tenha certeza, significa muito!
Querida, tenho a curtição redobrada, por ser, tenho quase certeza, o seu primeiro leitor de hoje.
ResponderExcluirLindo: vou ouvir de novo e de novo...
Nunca tinha conhecido Baudelaire... Como é bom perceber a ignorância diante do infinito..., e poder ter o frescor de quem aprende pela primeira vez. Nunca tive essas reflexões sobre o belo...
Você é uma luz divina, querida!
Grato, grato, grato...
Querida Dra. Cláudia Bonfim,
ResponderExcluirSurpreendido me sinto por este estudo sobre a Beleza em Charles Baudelaire. Me incitas a ir mais longe, como de costume. Teus caminhos intelectuais se distanciam e se mesclam com os meus, uma tessitura diálética tentadora, excitante, sensual.
O pouco que sei sobre a Paris de século 19 me leva a querer mais saber, para entender tua mensagem. Também sou admirador de Shlomo Freud, mais que nunca ao amadurecer e usufruir do convívio feminino. Acho que Darwin explicaria o que Freud não conseguiu.
Farei algumas leituras para compreender, enfim, tua postagem de hoje.
Beijos,
Henrique Levy, Ph.D.
Para facilitar a compreensão, transcrevo a cá o poema Hino a Beleza, de Baudelaire:
ResponderExcluirCharles Baudelaire
Vens do fundo do céu ou do abismo, ó sublime
Beleza? Teu olhar, que é divino e infernal,
Verte confusamente o benefício e o crime,
E por isso se diz que do vinho és rival.
Em teus olhos reténs uma aurora e um ocaso;
Tens mais perfumes que uma noite tempestuosa;
Teus beijos são um filtro e tua boca um vaso
Que tornam fraco o herói e a criança corajosa.
Sobes do abismo negro ou despencas de um astro?
O Destino servil te segue como um cão;
Semeias a desgraça e o prazer no teu rastro;
Governas tudo e vais sem dar satisfação.
Calcando mortos vais, Beleza, entre remoques;
No teu tesoiro o Horror é uma jóia atraente,
E o Assassínio, entre os teus mais preciosos berloques,
Sobre o teu volume real dança amorosamente.
A mariposa voando ao teu encontro ó vela,
"Bendito este clarão!" diz antes que sucumba.
O namorado arfante enleando a sua bela
Parece um moribundo acariciando a tumba.
Que tu venhas do céu ou do inferno, que importa,
Beleza! monstro horrendo e ingênuo! se de ti
Vêm o olhar, o sorriso, os pés, que abrem a porta
De um Infinito que amo e jamais conheci?
De Satã ou de Deus, que importa? Anjo ou Sereia,
Se és capaz de tornar, - fada aos olhos leves,
Ritmo, perfume, luz! - a vida menos feia,
Menos triste o universo e os instantes mais breves?
Fonte: www.carcasse.com
Henrique Levy, Ph.D.
Profª Cláudia,
ResponderExcluirÉ com muita alegria que passo por aqui para agradecer-lhe pela cumplicidade permitida, ao acompanhar o Caminhar & Ruminar, que ontem completou o seu primeiro ano de vida. Obrigado!
A festa é você, a sua presença e amizade que empresta sem reservas! Tenha certeza, significa muito!
Receba o meu fraternal abraço!