quarta-feira, 19 de maio de 2010

A decadência dos "elogios" musicais no jogo da "conquista"

"Elogios", são ou eram, formas de seduzir, de conquistar. Ao longo das décadas essas formas de elogios e "conquistas" mudaram muito, especialmente quando a música é utilizada como forma de "elogio" no jogo da "conquista". Ao longo das décadas, vocês poderão perceber que os "elogios" musicais mudaram. E por que estou abordando este tema? Porque geralmente as pessoas tem uma música que marca esse momento de "conquista", e afinal quem nunca teve pelo menos uma música que marcou um momento de "conquista"? Mas não estou falando de romance e relacionamentos amorosos, porque ai a trilha sonora certamente seria outra, mas sem mais delongas, vamos ao post de hoje que é baseada nos slides de power point que um amigo meu o Prof. Dr. Fábio Zoboli me enviou sobre a decadência do romantismo no Brasil e que eu adaptei para a decadência dos elogios no jogo da conquista, ou melhor da caça... Neste post estou falando da desvalorização dos elogios no quesito conquista sexual, no âmbito da caça, não dos relacionamentos amorosos. Claro que tudo isto é cultural, afinal tudo virou produto na sociedade mercantil e midiática.

Pensem comigo, na década de 1930 , o homem geralmente vestido de terno cinza e chapéu Panamá, se dirigia em frente à vila onde sua Flor, morava. Flor era como ele se elogiava à mulher amada, e então ele cantava para sua FLOR:
"Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa!
Do amor por Deus esculturada.
És formada com o ardor da alma da mais linda flor, de mais ativo olor,
que na vida é a preferida pelo beija-flor...." (Rosa – Pixinguinha)

Já na década de 1940, o enamorado ajeitava seu relógio Pateck Philip na algibeira, escrevia para a Rádio Nacional e pedia que oferecessem a ela uma linda música para a sua DEUSA:
"A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua, costuma se embriagar.
Nos seus olhos eu suponho, que o sol num dourado sonho, vai claridade buscar... "
(A deusa da minha rua)

Na década de 1950, ele pedia ao cantor da boate que oferecesse para aquela que ele chamava de LINDA MENINA, a interpretação de uma bela bossa:
"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça.
É ela a menina que vem e que passa,
no doce balanço a caminho do mar.
Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema.
O teu balançado é mais que um poema.
É a coisa mais linda que eu já vi passar."
(Garota de Ipanema – Tom Jobim e Vinícius de Moraes)

Na década de 1960, o moço apaixonado aparecia na casa sua GAROTA PAPO FIRME com um compacto simples embaixo do braço, ajeitava a calça Lee e coloca na vitrola uma música papo firme:
"Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor, nem mais bonito...”
(Como é grande o meu amor por você - Erasmo e Roberto Carlos)

Nos meados da década de 1970, ele chega em seu fusca, com tala larga, sacode o cabelão, abre a porta prá MINA entrar e bota uma melô jóia no toca-fitas:
"Foi assim... como ver o mar...
a primeira vez que os meus olhos se viram no teu olhar...
Quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e vinha pra ficar..."
(Todo azul do mar – Flávio Venturini)

Na década de 1980, ele telefona pra sua LINDA e deixa rolar um:
"Fonte de mel, nos olhos de gueixa, Kabuki, máscara.
Choque entre o azul e o cacho de acácias, luz das acácias, você é mãe do sol. Linda e sabe viver você me faz feliz...."
(Você é linda – Caetano Veloso)

Na década de 1990, o pretendente ou namorado ligava pra o seu BEM, chamando-a para mais perto, convidando-a para um namoro mais ousado, mas inda de maneira romântica, e deixa gravada uma música na secretária eletrônica:
"Agora vem pra perto vem,
vem depressa vem sem fim dentro de mim
que eu quero sentir
o teu corpo pesando sobre o meu
vem meu amor vem pra mim,
me abraça devagar,
me beija e me faz esquecer. "
(Bem que se quis – Marisa Monte)

Mas é nesta década de 1990, que inicia-se uma revolução, ele liga pra sua LOIRINHA, MORENINHA, NEGUINHA e a convida para um RALA, RALA e curtir :
"Bota a mão no joelho
E dá uma abaixadinha
Vai mexendo gostoso,
Balançando a bundinha
Agora mexe vai, Mexe, mexe mainha
Agora mexe, Mexe, mexe lourinha
Agora mexe, Mexe, mexe neguinha
Agora mexe Balançando a poupancinha. "
(Mexe, mexe, mainha – é o tchan)

Em 2001, a banalização e a forma de "conquistar" a sua TCHUTCHUCA é capturando na internet um BATIDÃO e mandando pra ela, por e-mail:
"Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrão.
Vou te jogar na cama e te dar muita pressão!
Vem...
Vem Tchutchuca linda, senta aqui com seu pretinho vou te pegar no colo e ti fazer muito carinho... "

Em 2002 a forma de "elogio" baixa o nível, ele pára o chevetinho 81, rebaixado, e no mais alto volume solta o som:
"Abre as pernas, faz beicinho, vou morder o seu grelinho....
Vai Serginho, vai Serginho....
Abre as pernas, faz beicinho, vou morder o seu grelinho....
Vai Serginho, vai Serginho...."
Abre a boca num si ispanta, vô gozá na tua garganta...."

E o nível de "elogio" em 2003, piora ainda mais, ele oferece uma música no baile para a sua EGUINHA POCOTÓ:

Vou mandando um beijinho
Prá filinha e prá vovó
Só não posso esquecer
Da minha Eguinha Pocotó
Pocotó, pocotó, pocotó, pocotó
Minha eguinha Pocotó!
Pocotó, pocotó, pocotó, pocotó
Minha eguinha POCOTÓ...."

Em 2004, ele chama a MINA DESCONTROLADA para dançar no meio da pista:
“Ah! Que isso? Elas estão descontroladas!
Ah! Que isso? Elas Estão descontroladas!
Ela sobe, ela desce, ela da uma rodada, elas estão descontroladas!
Ela sobe, ela desce, ela da uma rodada, elas estão descontroladas!...”
Em 2005, ele resolve mandar um convite a mulher desejada para uma PEGAÇÃO no seu APÊ através da rádio:
Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bunda lele!!!
Hoje é festa lá no meu apê, tem birita até ao amanhecer
Tesão, sedução, libido no ar
No meu quarto tem gente até fazendo orgia”

Em 2006, ele chama a MINA para curtir um baile ao som da música mais pedida e tocada no país:
“Tô ficando atoladinha,
tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha!!!
Calma, calma foguetinha!!!
Piriri Piriri Piriri, alguém ligou p/ mim,
Piriri Piriri Piriri, alguém ligou p/ mim !!!”

E mais se você pensou que aquela poderia ser a última do elogio baixo nível, mas já lançaram outra, onde ele chama publicamente a sua CACHORRINHA GOSTOSA para literalmente levar uma lapada na rachada:
“Vai da tapinha na bundinha
Vai que eu sou sua cachorrinha
Vai que eu to muito assanhada
vamos da uma lapadinha
só se for na rachadinha
E toma gostosa lapada na rachada
Você pede e eu te dou lapada na rachada
e ai ta gostoso? Lapada na rachada
Toma,Toma,Toma”


Reflitam homens e mulheres: nós como sujeitos históricos somos co-responsáveis por todas essas mudanças, se as mulheres hoje reclamam que gostariam de receber "elogios" mais doces em alguns momentos, a culpa também é delas, que se deixaram (des)valorizar. Claro ,que uma mulher gosta também de ser chamada de gostosa, faz bem pra auto-estima sexual, mas na cama, e não o tempo todo. Uma mulher no jogo cotidiano da sedução, ou durante a conquista certamente prefere ser chamada de minha linda, minha deusa, minha princesa, minha menina, há elogios que nunca serão antiquados, pois elevam a auto-estima humana. E esses elogios musicais usados para a caça a partir da década de 1990, são usados não apenas pelos homens não, mas também pelas mulheres (sem generalizar, claro) ainda, existem aqueles que, fazem parte dos seletos últimos românticos.
Mas hoje, grande parte deles, como já vimos anteriormente, saem mesmo, literalmente à caça da sua presa, e não mais saem à conquista, ou para seduzir, porque as pessoas não querem conquistar ninguém, porque conquistar implica em responsabilidade afetiva, em ter cuidado para não machucar, magoar, e as pessoas não querem conquistar, nem seduzir ninguém , querem apenas curtir o momento, querem apenas uma presa fácil, para devorarem. Não querem criar nenhum tipo de laço, seja de amizade, ou algo mais, não querem relacionamentos, querem momentos, querem contatos descartáveis, free, avulsos. E não se importam em quem estão caçando, ou com que tipo de peixe vai cair na rede, como muitos mesmo dizem: ah! Caiu na rede é peixe! Me desculpem mas eu acho isso uma barbaridade. As pessoas precisam ser mais exigentes consigo mesmas e com os peixes que caem na sua rede, rs alguns podem ter espinhos demais, outros já estão até podres, rs e eu já disse: Cuidado com o que você come! Pois, é você quem tem que digerir isso depois, rs e a digestão pode ser lenta e desagradável, rs.
Enfim, foi se perdendo o romantismo e pior, perdeu-se o jogo gostoso e saudável da sedução, dos olhares, dos toques. Onde primeiro o beijo era desejado, beijado antes com os olhos; onde o corpo era sonhado, tocado com primeiro com o olhar; quando, de fato, havia sedução.
E isso fruto da cultura mercantil, fruto de busca da liberdade que as mulheres procuravam, mas que por não e que se tornou libertinagem. Reflexo também do comportamento que a sociedade patriarcal machista condicionou ao homem, afinal em algumas culturas se o homem tratar a mulher com gentilezas e delicadezas, ele vai ser taxado de homossexual, o que é um absurdo e um equívoco como já abordei em outro post. Enfim isto reflete a sociedade, as mulheres e pessoas em geral não souberam passar da repressão à liberdade foram ao outro extremo, à libertinagem, à exacerbação, à banalização. Reflete ainda educação, a mídia que fez com que o sexo se tornasse produto. A mídia até mostra que sexo é bom, mas banaliza, mostra que é fácil, e não mostra a responsabilidade e a conseqüência disto: uma sociedade sexualmente doente e vazia, depressiva, pseudo-feliz, de pedófilos, psicopatas, etc. Onde muitas pessoas vivem pautada na ilusão de ser ter muitos parceiros, muitos amigos, mas a realidade é inversa, as pessoas estão cada dia mais solitárias, depressivas e podem contar nos dedos os verdadeiros amigos e parceiros incondicionais.
Essa falta de erotismo é que torna o ato sexual finito em si mesmo. Sem sedução cotidiana, sem erotismo não se constrói uma relação sexual e não se estende essa relação para um relacionamento mais durável, mais prazeroso e afetuoso, seja de amizade ou algo mais.
E não pense que eu estou aqui, defendendo aquela visão mitológico do amor romântico, do pára-todo-sempre-amém, não mesmo! Longe de mim, essas visões hegemônicas dogmáticas. Mas, estou falando de sentido, de significado. Que implica, não em amor eterno, mas em carinho, respeito, admiração, conquista, sedução, sensualidade, erotismo, que são, MUITO diferentes do jogo fácil, da vulgaridade, da banalidade, da perversão. Claro que, durante o ato sexual em si, entre quatro paredes, mesmo entre pessoas que se gostam, se respeitam, se desejam, que se admiram, há o momento do jogo animal, mais selvagem, de palavras mais picantes e agressivas, de fantasias mais quentes, o que neste momento sim, pode ser saudável, se ambos curtem. Porém, se a sedução se reduzir meramente à caça e se o ato sexual se reduzir somente à isso, a esse jogo picante e agressivo de palavras, ele também torna-se reduzido, diminuído, vazio, sem significado, sem sentido!
Consideramos essencial manter a sensualidade, o erotismo, a sedução, para que nossa a relação sexual seja plena, intensa, prazerosa e duradoura. Sendo assim, num próximo post vamos abordar os jogos de sedução e fantasias eróticas que podemos e devemos usar em nossos relacionamentos para manter acesa a chama do desejo e apimentarmos, darmos mais sabor à relação. Até lá!
Bem como esse post já rendeu um belo debate vou complementar e dizer que meu objetivo é de fato inquietar e fazer as pessoas pensarem. Mas é importante esclarecermos que este post baseado no slides que recebi, NÃO diz respeito às trilhas sonoras dos verdadeiros romances, dos relacionamentos afetivos vividos com as principais mulheres ou homens que passaram por nossas vidas, pois estas seriam as músicas românticas que renderiam outro post e certamente seria diversificaria entre MPB, Rock Nacional: Paralamas, Legião Urbana, Titãs, RPM e os sertanejos Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, Gian e Giovani, entre outros... Posso falar disto num próximo post, ok?

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O gemido masculino – humano ou animal?


Como abordamos anteriormente os gemidos são uma espécie de fetiche da maioria dos homens, mas eles não gemem? E se gemem, quais são os tipos de gemidos deles?
Bem, no quesito gemido, as mulheres os superam, com certeza, na criatividade, na ousadia, na contorção do corpo, na diversidade. Mas eles também gemem só que de maneira diferenciada, especialmente no momento da ejaculação, no êxtase total.  Porém, isso pode ser devido à cultura de gênero pela qual o homem não podia demonstrar ou declarar emoções, sentimentos, tinha que ser mais rude, mostrar-se  bruto, forte.
Quanto aos gemidos masculinos...
... há alguns que uivam, rosnam como lobos selvagens
...  há aqueles que grunhem feito porcos
... outros rugem, feito leões
... alguns relincham feito cavalos
... outros que até bufam,  kkkkkkkkkkkkk.
... Bem, tem ainda os exorcistas,  rs, que urram como animais ferozes, com gritos fortes e estridentes.
Alíás urrar, é historicamente é considerado como manifestação da natureza  masculina. E o urro tem toda uma simbologia. Há até aqueles que dizem que quanto mais profundo, intenso e gutural, mais macho o expelidor do urro é. Enquanto, a feminilidade culturalmente sempre foi  expressa por saltitações, alegria e risadas a masculinidade é declarada pelo oposto, ou seja, urros guturais.
O livro "Princípios de uma Ciência Nova", de Giammbatista Vico, nos ajuda a entender essa cultura, apresentando o raciocínio filosófico-investigativo em torno de variados fenômenos da sociabilidade e da humanização, tais como a linguagem. E aponta que  inicialmente em épocas remotas os primeiros homens, falavam por gestos, em virtude de sua natureza e acreditavam que os raios e os trovões fossem acenos de Júpiter que os comandava, e que tais acenos fossem palavras reais, sendo a natureza a linguagem de Júpiter.
Seria ainda na pré-história, que os homens começaram a urrar e murmurar,  e essa era a  forma como explicitavam suas violentíssimas paixões; imaginativamente cogitavam que o céu fosse um formidável corpo animado. E por tal prisma chamaram Júpiter, primeiro Deus das gentes chamadas "maiores", o qual, com o silvo dos raios e o fragor dos trovões [imaginaram] lhes quisessem dizer alguma coisa. E começaram dessa forma a por em exercício sua natural curiosidade, filha da ignorância e mãe da ciência, e que engendra, com o despertar da mente que provoca, a estupefação, convertendo de tal forma toda a natureza num vasto corpo animado, que sente paixões e afetos...
Mas, continuando a análise na visão do condicionamento histórico reparem como culturalmente, os homens foram condicionados à serem mais instintivos, animalescos, até no quesito gemidos. A maioria deles, no especialmente no momento do orgasmo, imitam sons de animais e ainda chamam suas parceiras pelo nome de fêmeas de alguns animais. E também, claro gostam que suas parceiras ou parceiros os chamem pelo nome de animais tipo: meu macho, meu coelho, meu tigrão, meu cavalo, meu jegue, kkkkkkkkkkkkk meu cachorrão, rsrs meu leão, rsrs ou de meu domador, rs. Porém, rs assim como a maioria das mulheres não gostam de ser chamadas de vacas muitos deles também não suportam ser chamados de touro, rs embora deva haver aqueles que até gostem sim, rs.
Mas reparem os nomes que os homens, especialmente os heterossexuais, gostam de ser chamados na hora H estão quase sempre, associados à idéia de  força, de domínio ou grandeza, no caso do jegue, rsrs. Eles geralmente sentem uma necessidade de que, sua imagem quase sempre seja associada à força, à superioridade, à grandiosidade, rs (kkk lembrei que eles gostam de  ser chamados na hora H quase sempre no superlativo, especialmente quando isso se refere ao tamanho do pênis, rsrs, mas ainda vou tratar disto num próximo post, se tamanho realmente faz a diferença na hora H, ok?). Mas claro que, há aqueles dias em precisamos de  carinhos mais suaves, sussuros e palavras doces ao pé do ouvido, no lugar das picantes. Eu considero o Tantra fundamental como já abordei em posts anteriores, e defendo que se possível, devemos fazer amor selvagem, sexo com amor é a completude, é a fusão entre o doce e o voraz, entre a euforia e a calma, entre o corpo e a alma.

Atualmente ainda, há aqueles homens  que durante o ato sexual chamam suas parceiras de fêmea, gata, cavala, égua, cachorra, leoa, onça... aff! Agora vaca já é demais, kkk. Enfim, perceberam a associação aos animais?
 Mas sempre foi assim? Bom, já tivemos épocas mais românticas. Mas e fora da cama, o jogo de conquista, sedução mudou?  Bem, sobre essas declarações e elogios do sexo masculino ao sexo feminino eu abordo num próximo post, ok? Até lá!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A arte de gemer


Os gemidos são uma espécie de fetiche da maioria dos homens, alguns quando excitados, ou para se excitarem, basta apenas ouvir o gemido do ser desejado para que isto se transforme em um intenso momento de prazer.
As mulheres são consideradas especialistas nessa arte, geralmente gemem mais durante o ato sexual do que os homens, para não dizer que, algumas fazem isso o tempo todo (porém, alerto aos homens que algumas apenas fingem, para si e para o outro estarem sentindo prazer, aliás mulheres tem essa  "(des)vantagem", já o homem, claro que, condicionado culturalmente acredita-se que deve estar viril, ereto, para que esteja excitado ou excite, para que sinta prazer e proporcione-o (ledo engano), lembrem-se do tantra. Mas, há um gemido especial tanto para mulheres, quanto para  homens: o gemido do momento que ambos chegam ao  orgasmo, o ápice do prazer. Eu diria que, esse gemido é ímpar, é quase que uma identidade sexual de cada um.
O gemido é sempre acompanhado de expressões faciais e corporais também únicas, singulares. Tem haver com o êxtase de cada um, com leveza das contorções do corpo, com a profundidade da entrega. É uma forma de exteriorizar, ou exorcizar sem muitas palavras as sensações prazerosas, quase indescritíveis que estamos sentindo naquele momento.
            Mas você deve estar se perguntando: será que existem segredos para aprimorar essa arte?
Eu afirmaria que, essencialmente, a arte de gemer, está intimamente ligada à arte da entrega. É preciso deixar as sensações de prazer do corpo comandarem mente e consequentemente, a boca. Mas afirmo também que a arte da entrega não é nada fácil. Aliás é uma das mais difíceis especialmente porque muitas mulheres (marcadas pela educação sexual repressiva e dogmática que tiveram) não conseguem, ou não permitem-se entregarem plenamente ao outro durante o ato sexual,  esse também é um dos motivos pelo qual, muitas delas nunca chegaram ao orgasmo, elas apenas sentem prazer ou muito prazer, mas não atingem sua plenitude, embora algumas acreditem que o sintam, exatamente por desconhecerem o que de fato, é o orgasmo que é quase indescritível, mas poderíamos tentar definir como a experiência única da sensação plena de morte e vida, unificadas. Você pensa que vai morrer de tanto prazer e renasce plena de vida, de paz.
Acreditamos que o orgasmo pleno ocorre apenas quando uma mulher não despe apenas o seu corpo, mas também sua alma, libera todos os sentidos para viver inteiramente aquele momento sublime. Pois como já afirmamos em outro post a  mulher por condicionamento cultural ou não, é diferente do homem, que vive sua sexualidade de forma mais instintiva. Ela necessita de envolvimento, segurança e confiança em relação ao parceiro para que essa entrega ocorra. Pois, o orgasmo não depende exclusivamente do homem como muitas visões equivocadas apontam, ela depende da mulher, da superação dos traumas, medos, culpas, tabus a que foi condicionada em sua sexualidade. Orgasmo é muito mais que prazer e só pode ser vivenciado quando a mulher se permite conhecer seu próprio corpo e viver e descobrir todas as potencialidades de prazer que ela pode sentir e proporcionar ao outro.
Mas sem mais delongas, vamos aos famosos e alguns até cômicos tipos de gemidos, rsrs. Como sou professora, vou começar privilegiando a classe, rs, mas não levem nada para o campo pessoal, apenas divirtam-se, afinal, riso é sinônimo de prazer, ou seja, quando sorrimos também estamos vivenciando e exercitando nossa sexualidade e revigorando nossas energias vitais:

- Professora: Sim... isso... aí... agora.. exato...isso... continua... assim...
-  Professora de inglês ou amante da língua inglesa: Ohhh... YES !!! Ohhh...My God...!!!!
- Professora de Geografia  ou Geógrafa- Aqui, aqui, aqui, aqui...
- Professora de Matemática ou a Matemática – Mais, mais, mais, mais...
- Professora de Biologia ou Zootecnista: Vem, meu macho!!! Vem, meu macho!!!
- Professora de religião ou a religiosa - Ai meu Deus, ai meu Deus...
- Analista de Sistemas: Ok..., ok..., ok...
- Jornalista: O que?... Onde?... Quando?...Vaiiiiiiiii...
- Cozinheira: Mexe... mexe... mexe... ta ficando gostoso!
- Cantora de Opera: Oh,Oh,Oh...
- Negativa – Não... não... não... No, no, no...
- Positiva: Sim, sim, sim. Yes! Yes! Yes!
- Desinformada: Ai que é isso?... O que é isso? Me explica o que eu to sentindo, nossa!
- Torcedora: Vai! Vai! Vai!
- Ofegante: ah ah ah ah!
- Dolorida: ai ai ai ai aiiiiiiiiiiiiiii!
- Asmática: Uhh... uhhh... uhhh...
- Suicida: Eu vou morrer, eu vou morrer...
- Homicida: não para agora que eu te matoo!!!!
- Sensitiva: Tô sentindo... tô sentindo...
- Mulher Sorvete: Ai Kibon, ai Kibon, ai Kibon...
- Mulher Margarina: Que delicia, que delicia...
- Tipo "Rubinho Barrichelo": Devagar! Devagar! Mas não para! não para! não para!
- Pornográfica: Pu....t* que o Pa....riu... vai Filho da Pu......t*...Ai cara.......lh**...qu e te.....são...
- Serpente Indiana: Ssssss... Ssssss...
- Professora de Educação Física ou personal: forte, mais forte, vai, forte, mostra sua força!
Bem, com certeza tem ainda uma infinidade tipos de gemidos, por hoje só, até porque, agora, quem está gemendo aqui, sou eu, rs a barriga está doendo de tanto rir. Mas se você tem conhece mais algum tipo de gemido poste ai, rs. Enfim, use sua criatividade, crie seus próprios estímulos e gemidos, mas nunca fique sempre em um, porque cansa e torna-se broxante. E o papel do gemido é erotizar a relação sexual, torná-la mais prazerosa e apimentá-la, para que o desejo não se finde no ato sexual, mas perdure. Embora saibamos que apenas o sexo mesmo intensamente prazeroso não seja capaz de manter uma relação amorosa se não houver outras afinidades, sem o sexo prazeroso também, essa relação torna-se fraternal, perde o sentido do enamoramento. E erotismo pode contribuir para alimentar o desejo, a paixão, o tesão, enfim, a relação amorosa.  Pois, acreditamos que o ato sexual é muito mais do que simples sexo. O ato sexual, ao nosso ver,  pode ser definido como o elo de ligação entre o ser humano e Deus. Entre o corpo e a alma.
Por falar em erotismo, fantasias, fetiches esse é o possível tema do nosso próximo post, até lá! Enquanto isso, aproveite para aprimorar sua arte gemer....
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiii, uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, uuuuuuuuuuuuuuu, rsrsrs
E seja feliz!

sábado, 8 de maio de 2010

Maternidade e Sexualidade


[...] E, eis que se amaram como dois exagerados e no momento de êxtase a vida de tão deslumbrada com aquela entrega e plenitude, resolveu florescer...

Tem algo mais doce e bonito que nascer do ato amoroso de duas pessoas?
Tem algo mais divino que emergir para a vida de um momento supremo de prazer?

Neste dia comemorativo das mães, eu não poderia deixar de escrever ao menos algumas linhas sobre sexualidade e a maternidade.
A maternidade, ao meu ver, é a dádiva suprema da vida que decorre da nossa sexualidade. Claro que nossa sexualidade não se resume ao papel reprodutivo, ela é muito mais ampla e complexa, está ligada a tudo que nos dá prazer, à nossa capacidade de amar em todos os sentidos, às nossas sensações, percepções, sentires e sentidos que vão se construindo desde que nascemos a até morrermos. Mas não há como negar a dádiva de gerar uma nova vida em seu ventre, abrigar outro ser, parte si, dentro do seu próprio corpo. Na concepção, o sexo cumpre a sua função biológica  mais importante que é a perpetuação da espécie. Ser mãe é devolver à natureza a vida que lhe foi concedida, uma experiência inigualável, um milagre divinal, sagrado. Todos nascemos do ventre de alguém, não há como negar a importância da maternidade ou não estaríamos aqui lendo este texto.
O ato de amamentar é um ato sexual amoroso e é, um exemplo do que Freud denomina de  fase oral (0 a 2 anos) quando a zona de erotização é a boca e o prazer ainda está ligado à ingestão de alimentos e à excitação da mucosa dos lábios e da cavidade bucal.
Amamentar é um gesto de generosidade da sexualidade feminina, ser alimento para o outro, pense na ternura que isto significa...
É claro, que ser mãe, não significa apenas gerar um filho, há aquelas que são mais mães do que algumas que geram e não amam, não cuidam de seus filhos.
Ser mãe biológica ou não, é um ato supremo de amor, e é ter para sempre o coração pulsando fora do próprio corpo.

Parabéns Mães! Por dedicarem aos seus filhos todo amor que há nessa vida. Creio que ninguém entenda tanto de amor incondicional e de sexualidade realmente humana, como nós mães, pois, experimentamos a sexualidade sagrada, vivenciamos o milagre da vida em nós!

Por hoje é só, mas trataremos em breve da sexualidade na gravidez e após a maternidade aqui no Blog. E sobre isso, eu poderei falar com propriedade, pois sou mãe de duas filhas abençoadas: Caroline e Beatriz, que são extensão da minha vida e minha, meus maiores tesouros, minhas maiores alegrias, o que de mais bonito eu pude conceber, são minha forma de perpetuar-se no mundo, e desde que elas nasceram não tive dúvidas, um dia sequer de que era por elas que eu esperava.


Registro finalmente minha gratidão, admiração, homenagem e meu amor profundo e incomparável, aquela cujo colo é o lugar mais seguro do mundo, que me permitiu nascer de seu ventre, regou minha vida com amor, me ensinou a ter raízes e asas, me ajudou a construiu valores éticos e estéticos, me ensinou a ser afetivamente humana, meu anjo, o meu amor incondicional: minha mãe Cleuza!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

♪♫ Ah! O som da voz, da respiração, dos gemidos... ♪♫


"[...] Pode haver uma inspiração sem Amor?
Se nenhuma mulher jamais tocasse um homem como Doña Julia me tocou, nunca acariciasse as pernas de um homem, as coxas, as nádegas, o peito, os ombros, os lábios, se nunca houvesse nenhuma experiência de paixão desenfreada neste mundo, haveria algum quadro? Alguma música? Alguma poesia? Arte de qualquer tipo?
O próprio Don Juan respondeu:
- Não creio, Don Octavio.
Tenho certeza de que meu interesse pelas artes nasceu naquela noite, enquanto Doña Julia se jogava sobre meu corpo ansioso, montava em mim.
Senti-me mais do que feliz em bancar seu humilde animal de carga, enquanto ela me guiava com suas mãos, coxas e paixão incomparável.
Foi naquela noite que minha primeira paixão me ensinou tudo o que jamais precisaria saber sobre o Amor. Ele sorriu pensativo.
As mulheres são o mais próximo que qualquer homem poderá chegar de Deus.
O sexo, meu amigo, é a suprema forma de culto. É o hino da vida, a imortalidade que nos é concedida neste mundo, a união com as estrelas, com toda a criação. Não poderá haver expressão maior da maravilha e da majestade de Deus do que, no processo de amor, que cria e dá significado à vida, os momentos que levam à suprema bem-aventurança, quando duas pessoas efetuam o ato de amor, como Doña Julia e eu fizemos naquela noite, à margem do rio."

Seriam as mulheres mais "auditivas" exatamente por serem subjetivas?
Uma das formas de mexer com  nosso sentir ou sentidos são os sons, sejam palavras, músicas, poesias, silêncios "que falam", contos eróticos, leituras silenciosas mas que ecoam e provocam os mais inusitados pensamentos.
"Alguma vez amou uma mulher de forma tão completa que o som de sua voz no ouvido dela podia fazer com que ela estremecesse e explodisse de tanto prazer, a tal intensidade que só o choro podia lhe proporcionar um pleno alívio? " (Don Juan de Marco)
Dentre os diversos sons eu diria que, sem dúvida, a voz da pessoa desejada  e o som que ecoa da respiração soam como uma poesia, mexem com nossa libido, disparam o coração. O som daquela música que deixa a alma extasiada, que traz paz ou o contrário deixam corpo em estado de alegria, euforia, excitação.
Quem não tem uma tem um som que mexa com seus sentidos? Uma música, uma poesia, uma voz ou até mesmo um silêncio que ecoou e provocou emoções e sensações indescritíveis, inesquecíveis?
E isso, não diz respeito apenas ao sexo feminino, mas à subjetividade, como já abordamos anteriormente e que alguns homens também se permitem vivenciar. Sempre digo que depois do alimento do corpo, precisamos de alimento para alma. E os sons: a música, a poesia, a voz da pessoa que a gente deseja, o mexem com as sensações da gente alimentam a alma.
Pensem naquela música, não de trilha sonora, rs estou dizendo de uma música que você ouve e tem vontade de sair dançando... eu por exemplo, considero um tesão o som da guitarra do Carlos Santana,  meio que nos enlouquece, rs aliás de deu vontade de dançar, dance! Eu danço, rs, dançar é exorcizar o corpo e alma, rs.
Tem ainda, aquela música que, nos provoca uma "coisa" dentro do peito, dá vontade de chorar, já outras nos trazem paz, sem deixar de falar daquelas músicas extremamente sensuais que nos provocam pensamentos maravilhosos.
Há ainda uma mistura de sons implícitos e explíticos, como quando o corpo fala em silêncio ao som de uma música, corpos se declarando como num tango, ou aquela música sexy que nos faz imaginar uma dança de corpos nus deslizando. Há ainda aquelas que apenas nos faz desejar simplesmente aconchegar-se no abraço de alguém que amamos e ficar ali, extasiado.
Ou seja, o mundo sonoro não se constitui apenas de sons explícitos como a música. Há aqueles palavras que não são verbalizadas, sons implícitos. Por exemplo, os olhos falam... como diz o poeta: "um olhar pode dizer mais do que mil palavras. " Há quem acredite que os olhos são o espelho da alma, ou seja, tudo que estamos sentindo verdadeiramente é refletido nos olhos... Por isso, muitas pessoas dizem que gostam de pessoas que olham nos olhos ao falar (mas cuidado alguns enganam).
E sobre as falas implícitas ou explícitas do olhar há tantas frases:
"Quem não compreende um olhar,  tampouco compreenderá uma longa explicação." (Mário Quintana)
"Você pode até dizer que não entendeu o que eu te disse, mas não pode dizer que não entendeu como eu te olhei. " Ulala! rs
Ou seja, O corpo também fala, aiai... e como fala! Um toque e um olhar conjuntamente então, são como os mais belos e estonteantes poemas declamados em voz alta, nos fazem viajar léguas, voar, percorrer o céu em segundos.
Falando mais especificamente do ato sexual também temos as palavras do antes,  durante e do depois. E nem sempre são palavras explicítas, algumas são implícitas como o som da respiração (ofegante, antes e durante, rs), de um suspiro (extasiado, antes e depois, rs) aliás suspiros entregam a gente, rs; de um gemido (e há tantos estilos de gemidos),,  e como eles costumam excitar as pessoas (falo sobre a arte de gemer e os tipos de gemidos num próximo post)…e ainda tem as palavras nesses momentos que vão das mais doces às mais picantes, gosto de cada um, vale dizer que entre quatro paredes, no momento de êxtase o que importa é a cumplicidade entre você e o seu parceiro.
Assim como a fala do olhar há outros sons que ouvimos apenas em nossos pensamentos: a recordação de um momento, a leitura de um texto, a descrição de uma cena criada pela nossa imaginação (como nos contos eróticos),  aliás como já dissemos anteriormente a fantasia, a imaginação, o erotismo são os alimentos da nossa vida sexual, pois o ato sexual em si é finito, nasce e morre em si mesmo, o que o vitaliza e o torna constante é o erotismo, que é infinito (sobre o erotismo falamos num próximo post, ok?
Concluindo, pois já me alonguei demais (como sempre, rs), creio que devemos deixar claro que, assim como já dissemos anteriormente, essas afirmações do homem ser visual e a mulher auditiva, é uma cultural. Ambos somos seres humanos dotados de cinco sentidos, assim nossa sexualidade para ser vivida plenamente não necessita apenas ver ou ouvir separadamente, isso seria restringir nossa potencialidade sexual e humana. Homens e mulheres devem superar os condicionametos sociais que limitam nossa maneira de ser e viver a sexualidade. Ambos devem se permitir, ver, ouvir, sentir (saborear, cheirar, tocar)... ou seja devemos buscar motivações sonoras, visuais, táteis ou olfativas que tornem nossa vivência sua mais prazerosa, significativa e plena. Ai entra o erotismo, a fantasia, os fetiches, a imaginação. E sobre isto trataremos num próximo post. Então, até lá! Enquanto isto comece a imaginar ai o que e como eu vou escrever sobre isso, rs.
Pra finalizar creio que está música traduz bem os escritos do Post de hoje
♪♫ Really Loved A Woman? (tradução) - Bryan Adams
♪♫ Você Realmente já Amou uma Mulher?

♪♫ Para realmente amar uma mulher, para compreendê-la
Você precisa conhecê-la profundamente por dentro
Ouvir cada pensamento, ver cada sonho
E dar-lhe asas quando ela quiser voar
Então, quando você se achar repousando
Desamparado nos braços dela
Você saberá que realmente ama uma mulher...
Quando você ama uma mulher
Você lhe diz que ela, realmente, é desejada
Quando você ama uma mulher
Você lhe diz que ela é a única
Pois ela precisa de alguém
Para dizer-lhe que vai durar para sempre.
Então diga-me: você realmente, realmente
Realmente já amou uma mulher?
Para realmente amar uma mulher
Deixe-a segurar você
Até que você saiba como ela precisa ser tocada
Você precisa respirá-la, realmente saboreá-la
Até que você possa sentí-la em seu sangue
E quando você puder ver
Seus filhos que ainda não nasceram
Dentro dos olhos dela
Você saberá que realmente ama uma mulher
Você precisa dar-lhe um pouco de confiança
Segurá-la bem apertado
Um pouco de ternura, precisa tratá-la bem
Ela estará perto de você, cuidando bem de você
Você realmente precisa amar uma mulher...
Então diga-me: você realmente, realmente
Realmente já amou uma mulher? ♪♫

Você também pode gostar de:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...