sábado, 9 de outubro de 2010

Desenvolvimento Psicossexual da Criança - Fase Anal

Olá queridos leitores, seguidores e ouvintes do nosso Blog Educação e Sexualidade, eu professora doutora Cláudia Bonfim estou aqui para socializar mais uma reflexão necessária à compreensão da Sexualidade Humana.
Hoje meu abraço carinhoso vai para duas leitoras do Blog que são também minhas  aluna na Faculdade Dom Bosco,  a Alessandra Romagnani do 6º. Período de Pedagogia e a minha querida aluna Cíntia Cezário do 2º. Período do Curso de Licenciatura em Educação Física, forte abraço pra vocês, obrigada pelo carinho, respeito e admiração que vocês tem pelo meu trabalho, com certeza sentimentos são mútuos.
Continuando a nossa série de artigos sobre o Desenvolvimento Psicossexual da criança fundamentados na Teoria de Freud hoje abordaremos a Fase Anal que se dá entre 18 meses a 3 anos e meio aproximadamente, vamos ao post de hoje...
 Neste momento, a criança deve retirar parte da libido que estava centralizada na boca e dividir com zona erógena da fase anal; porém como apontamos na fase oral quando a pessoa não conseguiu completar aquela fase, ele pode continuar a investir a energia libidinal na zona oral, o que se denomina de fixação, isto pode ocorrer quando alguma situação traumática ocorre durante a fase a qual a pessoa fica fixada. Além os problemas que já citamos anteriormente pessoas que continuam fixadas na fase oral podem desenvolver diversos transtornos especialmente alimentares, como anorexia e bulimia, comer em demasia, fumar, preferir sexo oral a outras modalidades, na fase adulta e ainda ser verbalmente agressivas, entre outras questões, por isso, a necessidade de orientar a criança e dar a ela o apoio e o carinho necessário para completar suas fases.
Como já apontamos na Fase anterior, à medida que a criança se desenvolve, novas áreas de tensão e prazer são trazidas à consciência.. Na Fase Anal, a criança sente prazer em controlar os esfíncteres anais e a bexiga; e o prazer que antes era oral, agora privilegia o ânus e as excreções, por isso é comum nesta fase a criança manipular as fezes,  gostar de brincar com massinhas e de alimentar-se de coisas cremosas.
É um momento de autodescoberta corporal. É o período em que a criança começa a aprender a controlar a micção e a evacuação, o que significa a percepção de uma nova fonte prazer e gratificação, através inclusive da atenção que lhes é dedicada nesta fase e dos elogios que recebem por dos pais e das demais pessoas que convivem.
Como dissemos nesta fase, a zona de erotização central é o ânus e o modo de relação está intimamente ligado à atividade e passividade, ou seja, ao controle dos esfíncteres (anal e uretral). Que é quando a aprender sobre controle, limites, através dos movimentos de expulsão (doar, eliminar, excluir) e retenção (ter, segurar, controlar, reter, guardar). E começam a desenvolver o Superego, com a internalização do não. "Não coloque o dedo aí. Não pode. Isso é feio. É sujo." Aliás se a criança faz o oposto do que os pais pedem, esta é uma forma de testarem a autoridade e a coerência dos pais, por desconfiarem do amor que eles lhe tem. É uma primeira identificação da coerência e da afinidade que há entre seus pais.
Como aponta Freud esta fase pode marcar o comportamento sexual da criança, dependendo da forma como esta foi vivenciada. Muitos pais fazem dessa fase um sofrimento para a criança, que vive de um lado entre o elogio e a gratificação, mas por outro, a contradição de que as fezes e a urina são sujos. A criança ainda não tem a compreensão de que isso não seja apreciado, porque elas apreciam, observam e até manipulam as fezes e a contradição mental na criança se dá exatamente porque primeiro recebe elogios e gratificações porque produziu adequadamente as fezes e a urina, e, por outro lado, estas são repugnadas pelos pais.
Esta fase se dá em meio a proibições, tabus, por ser um momento higienista, típicos da fase anal. Importante lembrar, que nesta fase a criança ainda não reconhece seus órgãos genitais, especialmente a menina, neste momento apenas o órgão genital masculino começa a ser descoberto. Isto se deve a sensação de alívio que a evacuação e micção proporciona e a curiosidade da criança em relação à sua urina e fezes,  que levam-na a  manipular seus órgãos e a uma conseqüente satisfação. Embora não lhe seja ainda atribuído um significado sexual real.
No final da Fase Anal, a criança já amadurecida, possui uma primeira noção do que é dela e do que é do outro.
Bem, por hoje é só, no próximo post vamos tratar da Fase Fálica. Espero por você aqui. Um grande abraço e até lá!

2 comentários:

  1. Ola Cláudia, parabéns pela matéria!!!muito obrigada pelo gesto carinhoso, beijo grande !!!

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  2. OI!!!!!!!!!!
    Adorei os posts sobre desenvolvimento psicossexual das crianças... São fases importantes que ignoradas ou mal compreendidas podem causar traumas...
    Obrigada pela lembrança...Adorei!!!!!!!!
    Bjs

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