Eu já disse e repito: tanta coisa mais importante a se esclarecer... e a mídia, os jornais e revistas noticiando, disseminando e dando espaço a isto... pulseirinhas coloridas usadas pelos adolescentes tem a ver com um jogo erótico?
E para ajudar ainda mais algumas escolas estão PROIBINDO o uso de pulseiras coloridas por crianças e adolescentes, meu Deus (estou indignada mesmo!), quanta desinformação, quanta falta de preparo para lidar adequadamente com assuntos relativos à sexualidade.
Primeiro que não concordo nem com o uso dessa palavra PROIBIR, temos que CONSCIENTIZAR! Proibir o uso de uma pulseira colorida vai por acaso resolver o problema social da sexualidade?
Como eu já disse, sinceramente não consigo imaginar de a quem interessa disseminar essa ideia absurda. Tenho duas filhas adolescentes que usam pulseiras coloridas e sinceramente, até eu já usei como acessório e tão somente isso, sem qualquer associação com qualquer jogo.
A maldade está na cabeça das pessoas, nos seus olhos e nas suas almas. E se alguns consideram que a inocência não faz mais parte da infância e da adolescência, eu diria: Se é que perderam a inocência culpa é de quem, hein? As crianças aprendem com quem? Se espelham em quem e em que? Lembrem-se crianças aprendem por gestos, atitudes e não com palavras vazias.
Creio que deveríamos usar esses espaços preciosos na mídia para esclarecer, conscientizar, e mostrar aos pais e educadores sobre a importância tratarmos dessa temática com nossas crianças, jovens e adolescentes.
Precisamos falar sobre a sexualidade, erotização precoce, sobre a pedofilia, sobre a banalização da sexualidade, sobre a forma como a mídia cria mascaradamente modelos de ser e viver a sexualidade e a vida, muitas vezes de maneira banal, vulgar, mercantil. Como se nosso corpo fosse objeto, como se fossemos incapazes de pensar por si mesmos.
A sexualidade é algo natural, bonito, necessário e já disse quanto mais eu proibir o assunto, quando eu velar o tema, mais estarei despertando a curiosidade e possivelmente a vivência de uma sexualidade precoce, meramente instintiva, quantitativa e banal.
A descoberta e o afloramento da sexualidade na adolescência é absolutamente normal, e sinceramente, não é estar com uma pulseira, ou estar sem ela, que a sexualidade de uma pessoa será anulada.
Ao meu ver a questão não é proibir o uso da pulseira, mas alertar nossas crianças e adolescentes sobre os códigos que estão sendo associados a este jogo absurdo. O diálogo, o carinho a aproximação, é sem dúvida o melhor caminho para entender a cabeça dos adolescentes, alertá-los, conscientizá-los.
Como eu sempre digo para as minhas filhas, a sexualidade é natural, mavilhosa, e fundamental, mas como tudo na vida tem que acontecer tranquilamente, não pode ser antecipada e um dia todos vamos vivê-la ativamente, mas que não seja precoce, que não seja de qualquer jeito, que não seja com qualquer pessoa, que não seja sem previnir-se. Que seja especial, que seja uma idéia amadurecida, que seja com afeto, com doçura, com consciência, com responsabilidade para que possa ser inesquecível, importante, ímpar. Ou será um trauma para o resto da vida e o que era pra ser bom e prazeroso, torna-se uma experiência negativa difícil de ser superada e que pode acarretar traumas para o resto da vida.
Sobre o fato acontecido na cidade de Londrina-PR eu digo faço minha leitura, e só não faz a leitura correta, quem não quer entender, ou é incapaz de ler as entrelinhas. Eu sempre digo que temos que nos valorizar e conhecer as pessoa com que nos relacionamos.
Eu CONVOCO E INSISTO que a educação sexual é necessária na família, na escola e em todos os espaços, mas uma educação sexual emancipatória, não uma educação sexual que dissemine absurdos, que consolide a visão hegemônica, que compactue com a visão capitalista e mercantilista.
Sou contra esta pseudo-educação sexual dissimulada pela mídia, que em vez conscientizar, manipula! Que em vez de escrever e falar o que as pessoas precisam ler e entender para sair da alienação, falam e escrevem o que as pessoas *querem* ler e ouvir, seja pra vender, seja pra ganhar status, seja para manter o status quo.
Me perdoem, mas é revoltante! Eu não me denomoria jamais de educadora sexual se eu tivesse que escrever algo só para atender à uma expectativa de mercado ou da classe hegemônica, minha leitura sempre será crítica e emancipatória, educadores sexuais são aqueles que abrem mentes, que estendem horizontes, não aqueles que ajudam a manter visão alienante e alienada da pessoas com relação à sexualidade.
Cláudia, Parabéns. Muito bom o conteúdo de seu blog.
ResponderExcluirRealmente precisamos conscientizar a sociedade, aumentar o dialogo das escolas, da mídia em geral sobre assuntos relacionados à sexualidade. Quem sabe desta maneira as pessoas não consigam enxergar a sexualidade como algo bom, que possa acontecer de uma maneira natural e com sentimento entre as pessoas.
Concordo com você, daqui uns dias não poderemos usar roupas desta ou aquela cor, sapatos deste ou aquele modelo...a pulseira é só uma desculpa e quanto mais se enfatizar isso pior, afinal já fomos adolescentes e o PROIBIDO é sempre melhor...PULSEIRAS SÃO ADORNO DE BRAÇOS!!!!SÓ ISSO!
ResponderExcluirAdoreiiiiiii.....
ResponderExcluirprofessora e concordo plenamente com vc...
Bjos de sua Aluna preferida
Aline
kkkkkkkkkkkkkk
te adoroooooooo