domingo, 25 de abril de 2010

A Arte do Desejo


[...] "Há mulheres de finos traços com uma certa textura de cabelo, uma curva nas orelhas que parece a curva de uma concha. Estas mulheres têm dedos com a mesma sensibilidade que suas pernas. As pontas dos dedos são como os pés. E quando se toca os nós de seus dedos é como se passasse a mão pelos joelhos delas, e nesta parte tenra do dedo é igual a acariciar as coxas delas. E, finalmente... Cada mulher é um mistério a ser desvendado, mas uma mulher nada esconde do amante verdadeiro. A cor de sua pele nos diz como agir. Um tom rosa e pálido, como de uma rosa e ela deve ser persuadida a abrir suas pétalas com um calor como o do sol. A pele pálida de uma ruiva pede a luxúria de uma onda quebrando na praia para que possamos agitar o que se esconde por baixo trazendo a delícia do amor à superfície. Embora não exista metáfora que possa descrever o ato do amor com uma mulher o que mais se aproxima é tocar um raro instrumento musical. Eu imagino de um violino Stradivarius sente o mesmo êxtase que o violinista quando arranca uma nota perfeita do coração."
Deixa eu respirar, que fiquei sem ar, rs sem mais delongas, vamos ao post de hoje... rs
Por condicionamento cultural, ou não, preciso admitir que as mulheres são mais subjetivas e auditivas. E não tem como falar dessa arte de encantar pela fala e pelo emocional sem lembrar a lenda de Don Juan de Marco, aquele suposto homem caliente, doce, romântico, inebriante e de uma sensibilidade fascinante, seria ele um homem latino, espanhol, italiano ou português.    Segundo a lenda ele  amou as ilhas gregas e um rol interminável de mulheres assim, como seu autor George Gordon, Lord Byron.
Don Juan, sobre sua primeira relação sexual  diz que ,"[...]  a maneira como um corpo de mulher é feito, a maneira como um corpo de homem reage, o fogo ardendo em minha virilha, o intenso desejo de se fundir em uma só pessoa... tudo se juntou num clarão brilhante. O êxtase de Doña Julia foi tão grande que ela sacudiu a cabeça como um cavalo de corrida, urrou como uma leoa. Beijei seu pescoço. A pele dela era muitos mais quente do que a minha, tão macia, tão deliciosa, que eu a beijei por toda parte, enlouquecido pela proximidade de seus segredos mais íntimos."
Viu, como mulheres e também homens são subjetivos, aposto que você se imaginou nesta cena de entrega sexual plena. Eu já disse e repito ,o maior órgão sexual do corpo é nossa mente, sem fantasia, sem erotismo, sem imaginação, criatividade o ato sexual morre em si mesmo.
E, sendo nós mulheres (culturalmente ou não, mais subjetivas e auditivas) necessitamos sonhar, fantasiar, sentir nosso ego elevado (os homens também), embora homens gostam que as mulheres para conquistá-los reforcem sua auto-estima de macho (fruto do modelo de homem da sociedade patriarcal). Talvez por isso, como dizia Don Juan  "[...] poucos homens tenham  a capacidade de conhecer as mulheres profundamente... Pouquíssimos homens sabem entender seus mistérios, seus desejos, suas atitudes e tratá-las respeitosa e sedutoramente."
Bem, lembram-se nos outros posts, onde por várias vezes, eu disse que a sexualidade envolve todos os nossos sentidos, pois bem, é assim que muitas mulheres ainda conseguem entender e sentir sua sexualidade (eu disse muitas, porque algumas já conseguem ter uma visão mais fria da sexualidade, reduzindo ao sexo).
Mas aquelas que tem uma visão significativa da sexualidade conseguem a ver o sexo como algo mais ... como uma parte inserida dentro da sexualidade, dentro da totalidade do universo feminino. Sabe aquele ditado: "Mire além do alvo "?  Nós mulheres gostamos mais dos homens que conseguem entender isso.
Lembram do nosso post sobre o Tantra? Pois bem, quando pensarem em sexo, vejam-no como uma conexão de corpo e espírito. Como a maneira mais linda de expressar essa necessidade instintiva, animal, mas como um momento sublime onde trocamos energias para chegar conjuntamente ao ápice do prazer.
Sexo tem que ser dialético, selvagem e doce, instinto e sentimento, animal e humano. No homem ele sempre começa com parte instintiva, carnal, animal. Na mulher a dialética é mais constante.
Mulheres não conseguem enxergar apenas um corpo na hora do sexo, precisamos sentir esse corpo na sua essência.
Se vocês homens e mulheres conseguirem deixar de se ver o sexo como algo frio   vão conseguir entender e sentir que, esse momento de celebração da vida pode ser muito mais significativo e prazeroso. A relação sexual é em sua essência uma comunhão, em toda a sua palavra. A mais bela expressão de cumplicidade, de liberdade, seja para com seu próprio corpo, seja com a pessoa com quem você  se relaciona, e por que nao , com o mundo ( no seu sentido mais primitivo e natural ) .
Procurem pensar nessa dialética e na totalidade da sexualidade, assim vocês vão entender que o sexo pode ser muito maior que um momento de prazer que morre em si mesmo, quando o instinto acaba. E que esse prazer, pode se estender mesmo depois que o tesão acabar.  Mas para isso, você precisa aprender a olhar com o corpo e alma, e a entender que sexualidade é animal e humana e que depois que o instinto animal cessa, outros prazeres doces podem continuar a serem sentidos se você tiver a sensibilidade de perceber que depois êxtase corporal, a alma também deve ficar extasiada e isso é possível quando você perceber que há coisas significativas para se apreciar depois do ato sexual... atentem-se como os olhos ficam brilhantes, o rosto se ilumina,  o sorriso floresce, a respiração cessa e toma forma de paz (que é um dos meus sentimentos preferidos) ...
Já dizia o lendário amante Don Juan de Marco:
 "Todo amante verdadeiro sabe... que o momento de maior satisfação... chega quando o êxtase já se extinguiu... e ele vê a flor que se abriu ao seu toque "
Sexo para ter significado tem que ser mais que impulso, tem que ser imaginado, desejado, sentido, saboreado com os olhos, as mãos, com o olfato, a boca, com a pele, com o coração, ou seja, com a totalidade do nosso ser, com todos os nossos sentidos e sentimentos, assim mata-se não apenas a fome do corpo, mas alma e só assim se atinge o êxtase pleno.
E é essa fome do corpo entrelaçado na alma que podemos nomear de desejo subjetivo, que  precisa ser alimentado sempre, por palavras, toques, sensações, afetos, fantasias, erotismo, ternura, carícias, doçura, e talvez por isso, nós mulheres apreciamos e nos entregamos tanto aos apelos afetivos e auditivos mais do que aos apelos visuais.
Mas sobre esses sedutores apelos auditivos e afetivos continuo a falar no próximo post e espero você para deleitar-se comigo nessa nossa viagem pelo mundo complexo fascinante da sexualidade humana.
E aos homens uma frase final, ainda que você não consigam entender a totalidade desse nosso universo feminino, basta que uma coisa: NOS AMEM!
Porque toda mulher sensível é capaz de ler os olhos de um homem, e sentir o quão ela é realmente amada e desejada quando tocada por ele. E não falo daquele mito de amor romântico pra-todo-sempre-amém, falo daqueles afetos que não precisam ser eternos para serem infinitos, no mais todos sabemos que há momentos que valem por toda uma vida...


3 comentários:

  1. claudia...
    se eu te falar q assisti este filme inumeras vezes...
    cheguei quase q a decorar... mto mto bom msm
    ...
    outro filme mto bacana q gostei.. rola umas brincadeiras de sedução, perigo, .. "irresistivel paixão" com jeniffer lopes e george cloney...
    de uma olhada.. acho q vai gostar..
    bjim e parabens pelo post

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  2. uma coisa tenho q concordar o maior orgão sexual certamente e a nossa mente pois podemos fantasiar,com pessoas ate então, seriam "deusas"mas q atraves da nossa fantasia se tornam reais e podemos nos deliciar com afagos ,chamegos, beijos e outras coisas q podemos comentar no proximo post se tiver oportunidade

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  3. Owwwwwwwwwwwwwwwww show...show... e bem concordo com Marcio, quem tem a mente tem tudo...o que anda faltando é as pessoas acordarem e se darem conta do poder que ela tem... bjos

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