sábado, 27 de março de 2010

Refletindo sobre educação e sexualidade pela história e pela música eterna de Renato Russo

Hoje Renato Russo faria 50 anos, eu sou suspeita em falar sobre sua arte, e sobre ele, porque amo a música e a ousadia, a coragem dele, de se mostrar inteiramente como ser humano de alma aberta, só lamento que ele não soube usar sua genialidade latente para cuidar melhor de si mesmo e poder estar ainda aqui entre nos cantando e nos encantando ao vivo.

Falar de Renato Russo é falar de poesia, de alma, de amor, de intensidade e sexualidade.

E falando nisso, que a morte dele por Aids nos sirva de alerta, afinal  não precisamos necessariamente errar para aprender, podemos aprender pelo erro dos outros, observando e evitando coisas e sofrimentos desnecessários.

Renato morreu em decorrência de Aids em 11 de outubro de 1996, contraída no inicio dos anos 90. Uma história de sucesso, ousadia e teorias. Nos deixou aos 36 anos de idade, mas sua música é eterna em nossa memória, em nossa história.

Que as letras críticas, analíticas e poéticas de Renato e a forma de viver a vida e sua sexualidade nos sirva de exemplo e de alerta, podemos sim viver nossa sexualidade de maneira livre e natural, mas sempre pautados na responsabilidade que devemos ter, antes de mais nada, com a nossa própria vida, com a nossa saúde.

Cuidar do próprio corpo e respeitar seus limites é uma forma amorosa de vivermos a nossa sexualidade, nenhum prazer momentâneo poder ser maior do que o nosso prazer de viver.

A grande questão é que nós não entendemos sobre liberdade, confundimos liberdade com liberalidade exacerbada, saímos da repressão sexual para a exacerbação, para a mercantilização, para a banalização.

Não conseguimos ainda encontrar o equilíbrio da sexualidade. Ou seja, ainda não aprendemos sobre como viver nossa sexualidade de fato de maneira plena, porque liberdade implica em escolha consciente, responsável e amorosa.

Saímos de um extremo ao outro, nos perdemos no caminho, mas o bom é que a vida nos permite sempre recomeçar, porque história não é fatalidade, mas possibilidade. Por isso, minha luta pela educação sexual emancipatória, para que possamos viver nossa sexualidade com naturalidade, de maneira intensa, bonita e com a verdadeira liberdade.

Salve Renato Russo! Suas letras e sua história como nas músicas Pais e Filhos, Meninos e Meninas e tantas outras memoráveis, podem nos ajudar a falar de valores, de amores, de amor, a ler o mundo criticamente, a cultivar nossa sensibilidade, entender nossos pais, nossos filhos, a nós mesmos.

Nos ajudam falar de amor num mundo vazio desse sentimento hoje tão banalizado, a refletir sobre a humanidade, liberdade,  sociedade, sexualidade, subjetividade, sensibilidade.

Nos ajudam a conscientizar as pessoas nessa luta pela superação de preconceitos homofóbicos, e de outras tantas ordens.


* Renato dia quem inventou o amor? Me explica por favor!

* Realmente Renato eu tb me pergunto *que país é esse?


* É Renato e daí se alguém gosta de Meninos e Meninas?
• Ou só de Meninos, ou só de Meninas.

 
* Com certeza Renato ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, sem amor eu nada seria.


* Realmente Renato... *É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, por que se você parar prá pensar, na verdade não há...

Me diz, por que que o céu é azul
Explica a grande fúria do mundo
São meus filhos
Que tomam conta de mim...

Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar
Eu moro na rua
Não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar...

Já morei em tanta casa
Que nem me lembro mais
Eu moro com os meus pais


Sou uma gota d'água
Sou um grão de areia
Você me diz que seus pais
Não entendem

Mas você não entende seus pais...
Você culpa seus pais por tudo
Isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer?*

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